Restaurações de resina composta tornaram-se procedimentos rotineiros devido à alta procura pelos pacientes por um sorriso harmônico e estético. Contudo, como principal causa de insucesso, a microinfiltração é um processo que acomete a interface entre dente e restauração. Assim, o objetivo deste trabalho foi, por meio de uma revisão de literatura, avaliar as causas da microinfiltração marginal em restaurações de resina composta, bem como os procedimentos que possam evitá-la. Verificou-se que a microinfiltração pode estar relacionada à susceptibilidade da técnica da seleção e manipulação de sistemas adesivos e de aplicação das resinas compostas, aos efeitos da contração de polimerização na interface dente/ restauração, à ineficiência dos procedimentos de fotoativação, ao coeficiente de expansão térmico-linear diferente ao dos substratos dentais; à presença de cargas oclusais, à localização da margem da restauração de acordo com o substrato dental (margens em esmalte ou dentina), e a fatores relacionados ao paciente. Podem-se minimizar os efeitos da microinfiltração marginal adotando-se procedimentos, tais como a utilização de sistemas adesivos de acordo com as recomendações técnicas corretas e de acordo com o substrato dental (esmalte ou dentina); a aplicação de forramentos com cimento de ionômero de vidro, quando possível; a aplicação da resina composta na cavidade, de maneira incremental, respeitando-se o fator de configuração cavitária (fator-C) para redução do estresse de contração de polimerização, utilizando-se técnicas de fotoativação adequadas; e a instituição de métodos na promoção de saúde bucal do paciente, com base no controle mecânico e químico da placa, de acordo com o risco de cárie do paciente.
Palavras-chave: Resina composta. Restaurações. Microinfiltração marginal. Ver menos