O objetivo desta pesquisa foi avaliar por meio de tomada radiográfica panorâmica e modelo de gesso, o valor das angulações dos caninos permanentes superiores e inferiores em escolares brasileiros com oclusão normal. A amostra constituiu-se de 30 escolares brasileiros, de ambos os gêneros (18 do gênero feminino e 12 do gênero masculino), com faixa etária entre 11 anos e 3 meses a 17 anos e 1 mês, que foram selecionados a partir de 660 escolares examinados. Estes escolares nunca foram submetidos a tratamento ortodôntico e precisavam apresentar quatro das "Seis Chaves para Oclusão Normal" criada por ANDREWS (1972), sendo a primeira chave obrigatória. Após a seleção, os escolares foram encaminhados ao Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic onde realizaram as tomadas radiográficas panorâmicas e a moldagem e confecção dos modelos de gesso. A obtenção dos valores das angulações dos caninos foi realizada seguindo a metodologia proposta por TAVANO et al. (1989) para as radiografias panorâmicas e por ANDREWS (1996) para os modelos de gesso. Após a coleta dos dados e aplicação dos testes estatísticos, os resultados das radiografias panorâmicas mostraram angulações médias para canino superior direito de 90,1º e esquerdo de 90,3º e para o canino inferior esquerdo de 85,5º e direito de 88,1º. Já nos modelos de gesso obtivemos valores médios para o canino superior de 5,27º e de -0,64º para o canino inferior. Portanto, pode-se concluir que a angulação dos caninos, mesmo em uma amostra de oclusão normal, apresenta uma variação muito grande em seus valores, sendo impossível determinar um valor como padrão, tanto para as radiografias panorâmicas quanto para os modelos de gesso.
Palavras-chaves: Oclusão. Radiografia panorâmica. Modelo de gesso.
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