A correta inclinação do plano palatino contribui para a harmonia facial e permite uma adequada atividade muscular, uma vez que sua inclinação pode alterar os terços médio e inferior da face. Este trabalho comparou a inclinação do plano palatino de pacientes portadores de maloclusões de Classe I, II e III de Angle e verificou a existência ou não de dimorfismo entre os gêneros masculino e feminino. Para isto, foram estudadas 138 telerradiografias de brasileiros, sem tratamento ortodôntico prévio das três Classes oclusais de Angle. As telerradiografias foram divididas em grupos de Classe I, de Classe II e de Classe III, e cada grupo foi subdividido (n = 23) de acordo com o gênero masculino ou feminino. Foram realizados os traçados cefalométricos e aferido o ângulo do plano palatino. Não foram encontradas diferenças significativas na inclinação do plano palatino quando os gêneros masculino e feminino, com o mesmo tipo de maloclusão, foram comparados (test t; p > 5%). Sendo assim, os subgrupos foram agrupados e os dados foram submetidos aos testes Kruskal-Wallis e o método de Dunn. Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes (p < 5%), quando comparado o grupo Classe II (2,94º ± 0,36) com o grupo Classe III (0,78º ± 0,55), entretanto, quando comparado o grupo Classe I (1,95º ± 0,61) com os grupos Classe II e Classe III, não foram encontradas diferenças significantes (p > 5%). Concluiu-se que a inclinação do plano palatino pode variar conforme o tipo de maloclusão e que não há dimorfismo entre os gêneros masculino e feminino.
Palavras-chave: Plano palatino. Cefalometria. Maloclusão. Ver menos