Atualmente questiona-se sobre qual seria o momento ideal para cessar a remoção do tecido cariado. Na odontologia contemporânea é evidente a busca por materiais restauradores e alternativas antimicrobianas que tenham a capacidade de não só selar a cavidade, reconstruindo a estética e função, como também o potencial de induzir a reparação da dentina remanescente do tecido cariado. A associação de 1% de metronidazol, 1% de ciprofloxacina, e 1% de cefaclor aumenta significantemente a capacidade antimicrobiana do cimento de ionômero de vidro. Esse procedimento possibilita uma mínima intervenção sobre a lesão cariosa, fazendo com que a dentina amolecida possa ser reparada com o tempo, preservando o tecido cariado. O objetivo deste trabalho foi avaliar dois casos clínicos onde a dentina infectada foi selada com cimento ionomérico associado a antibióticos. Os resultados apontam até dois anos de acompanhamento, com os pacientes não apresentando sintomatologia dolorosa, as restaurações de resinas composta apresentam retenção total e radiograficamente as dentina permanecem inalteradas, sem lesão de furca ou periapical. A conclusão deste trabalho mostra a possibilidade da máxima preservação do tecido cariado por meio da técnica do cimento ionômero de vidro antibacteriano, pelo tempo de acompanhamento.

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