O presente trabalho avaliou através de telerradiografias a relação entre a inclinação do plano palatino proposto na análise de Ricketts e os três tipos de direção de crescimento propostos na Análise de Jarabak. Foram utilizadas 150 radiografias (86 do gênero feminino e 64 do gênero masculino), de indivíduos brasileiros residentes na região de Belo Horizonte, com idade variando entre 11 e 16 anos, que apresentavam indicação de tratamento ortodôntico. O ângulo plano palatal, constituído pelos planos de Frankfurt e pelo plano palatino, foi traçado manualmente segundo a técnica preconizada por RICKETTS (1960) e também manualmente foi realizado o traçado da cefalometria de JARABAK (1975) determinando a direção de crescimento através da porcentagem de Jarabak em neutro, horário e anti-horário. Para a avaliação da correlação entre os dois fatores, foi aplicado o teste Qui-Quadrado. Verificou-se que não houve associação significante (p=0,5256) entre a direção de crescimento e a classificação do ângulo plano palatal, bem como, não houve associação significante entre os gêneros e a medida do ângulo plano palatal (p=0,9264). Ao relacionar o gênero dos voluntários com a direção e crescimento mandibular, constatou-se associação estatística significante (p=0,0001) com predomínio de crescimento anti-horário para pacientes do gênero masculino e de crescimento neutro e horário para feminino. Conclui-se que não há relação direta entre a inclinação do plano palatino e a direção de crescimento proposta pela análise de Jarabak e que ambas as análises devam ser aplicadas com finalidades distintas no diagnóstico ortodôntico.
Palavras-chaves: Análise cefalométrica de Jarabak. Plano palatino. Crescimento facial.


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