O espaço nasal respiratório representa um papel importante no crescimento e desenvolvimento do esqueleto craniofacial devido a sua relação com uma das funções vitais do ser humano, a respiração. O objetivo deste trabalho foi avaliar as conseqüências da redução do espaço nasofaringeano no posicionamento mandibular. Foram utilizadas radiografias cefalométricas laterais de 100 pacientes, de ambos os gêneros, na faixa etária dos 7 aos 13 anos e portadores malocluão classe I ou II de Angle. A amostra foi dividida em 2 grupos de acordo com tamanho do espaço nasofaringeano. O grupo I foi formado por 50 pacientes que apresentavam imagem do espaço nasofaringeano ? 5mm, e o grupo II por 50 pacientes com espaço nasofaringeano > 5mm. Através de análise cefalométrica computadorizada foram realizadas comparações entre medidas angulares (BaN.PtmG; FMA; NS.Gn; SN.GoMe) e lineares (Vsa-Vsp; AFAI) referentes à posição mandibular tamanho da nasofaringe. Após análise dos resultados, utilizando teste t e Mann-Whitney, pôde-se observar que o grupo I apresentou uma maior inclinação da mandíbula em relação à base do crânio e uma direção vertical de crescimento quando comparado com o grupo II. As demais variáveis não apresentaram diferenças entre os dois grupos. Podemos concluir que as condições do espaço nasofaringeano devem ser um alerta para ortodontistas, otorrinolaringologistas e pediatras, para que se realize um diagnóstico precoce das alterações nasofaringeanas e se restabeleça um crescimento e desenvolvimento harmônico de seu paciente.
Palavras-chave: Obstrução nasofaringeana. Cefalometria. Posição mandibular.


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