Os meios de diagnóstico são a maior preocupação entre os ortodontistas. A cefalometria, item indispensável para a obtenção do diagnóstico utiliza rotineiramente, como plano de referência, medidas lineares e angulares. Devido à falta de um parâmetro de médias para brasileiros, o presente trabalho objetivou avaliar o posicionamento do incisivo inferior, correlacionando com a tipologia facial, em pacientes não tratados ortodonticamente em uma clínica particular, na cidade de Rondonópolis - MT. Os indivíduos da amostra foram selecionados por conveniência, levando-se em consideração o critério de inclusão para o estudo indivíduos que não poderiam ter sido ou estar sendo submetidos a tratamento ortodôntico, dentição permanente (após a erupção dos segundos molares permanentes) e sem perda dentária. Para tanto foi analisada a documentação ortodôntica, ou seja, a radiografia panorâmica dos pacientes que procuraram a clínica particular para tratamento ortodôntico. Após esta seleção, foram separados por tipologia facial, avaliados pelo Cálculo de Vert de Ricketts e Jarabak, num total de 63 selecionados, sendo 21 retrovertidos (dolicofaciais), 21 neutrovertidos (mesofaciais) e 21 provertidos (braquifaciais). Em cada grupo foi analisada a posição do incisivo inferior, utilizando a medida 1-APo linear e angular. Os valores obtidos para a posição do incisivo inferior nos retrovertidos foi de 5,55mm, para neutrovertidos foi de 4,6mm e provertidos foi de 2,88mm. Para a inclinação do incisivo inferior, os valores obtidos para os retrovertidos foram de 27,67º, para os neutrovertidos foram de 28,76º e para os provertidos foram de 27,07º. Constatou-se que os valores ficaram acima das preconizadas pela análise de Ricketts, ou seja, a posição dos incisivos inferiores dos indivíduos da cidade de Rondonópolis - MT estão numa posição mais vestibularizada e protuída, independente do tipo facial, do que as normas de Ricketts.
Palavras-chave: Ortodontia. Cefalometria,Incisivo inferior. Índice de VERT. Jarabak
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