O presente estudo teve por objetivo avaliar, por meio do diagrama de Andrade, a efetividade do posicionamento mésio-distal dos dentes caninos, pré-molares e molares estabelecido pelo Diagrama de Andrade, pós-tratamento de casos bem finalizados de indivíduos com má-oclusão de Angle Classe II, divisão 1. O material consistiu de modelos e radiografias cefalométricas iniciais em norma lateral e modelos finais de 22 pacientes, 12 do gênero feminino e 10 do gênero masculino, com idade média inicial de 12 anos e 11 meses e idade média final de 15 anos e 9 meses. O diagrama do arco foi confeccionado de acordo com a descrição de ANDRADE (1986) e o desenho do arco ideal assim obtido foi duplicado em um guia transparente, feito a partir de películas radiográficas descartadas. Para verificar a discrepância, o guia obtido foi sobreposto sobre o arco inferior do modelo pós-tratamento. A discrepância mésio-distal dos caninos, pré-molares e molares foi nula na maioria dos casos, e a expansão ou constrição do arco ocorreu em apenas três pacientes. Os resultados sugeriram que os dentes, independente da abordagem ortodôntica utilizada, atingiram o posicionamento correto, já que 91% dos pacientes atingiram o ideal estabelecido no diagrama traçado sobre a radiografia cefalométrica inicial. Concluiu-se que o diagrama de Andrade refletiu a forma natural do arco, mostrando-se um guia efetivo na avaliação do objetivo a ser atingido no tratamento e os casos avaliados foram tratados de modo satisfatório.
Palavras-chave: Cefalometria. Ortodontia. Diagnóstico. Má-oclusão de Angle Classe II.
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