A ancoragem ortodôntica é a resistência de um ou mais dentes ao movimento dentro do tecido ósseo. Ela pode ser intra ou extrabucal e existem diversos dispositivos que possibilitam a sua obtenção. O controle da mesma está baseado na terceira lei de Newton: "para toda ação existe uma reação igual e oposta". Assim, a força distal que age para retrair os dentes anteriores, por exemplo, deve ser oposta por forças iguais agindo na unidade de ancoragem em direção mesial. Vários métodos de controle de ancoragem têm sido desenvolvidos no último século, sendo que as contribuições de Angle, Tweed, e outras têm promovido uma base para a moderna mecanoterapia ortodôntica. Dada a importância da ancoragem o propósito dos autores foi fazer uma revisão de literatura sobre o assunto e assim, apontar os métodos e dispositivos mais utilizados para este fim. Além disso, foi discutida a interação entre os seus componentes sagital e vertical, a avaliação da ancoragem sob o ponto de vista biológico e a utilização de implantes como ancoragem. Constatou-se que utilizar os mesmos mecanismos para diferentes ancoragens limita a capacidade de alcançar os resultados da meta orientada. Deve-se estar atento a todos os fatores responsáveis por uma maior ou menor ancoragem requerida em um tratamento ortodôntico. Entre eles estão a relação molar e a idade do paciente. Atentando para estes fatores pode-se, então, elaborar um plano de tratamento apropriado para cada paciente valendo-se dos diversos recursos para controle de ancoragem que a mecanoterapia ortodôntica dispõe. Verificou-se que os métodos mais utilizados de ancoragem intrabucal intramaxilar são a barra transpalatina e o arco lingual de Nance e, de ancoragem intramaxilar, são os elásticos intermaxilares. Com relação à ancoragem extrabucal, os dispositivos mais utilizados são os aparelhos extra-bucais de tração cervical, occipital ou pariental
Palavras-chave: Ancoragem. Ortodontia. Ver menos