Este estudo investigou a associação de dentes não saudáveis e a presença de patologias no seio maxilar (PSM), bem como a influência do sexo e da idade. Do total de 6.943 exames avaliados, 709 (10,2%) foram incluídos na amostra aqueles que tivesse envolvimento de um ou ambos os seios maxilares, e pelo menos um dente com infecção dentária, periodontite apical, doença periodontal avançada e/ou lesão endoperiodontal. A distância entre o assoalho do seio maxilar e o ápice dos dentes foi medida, bem como o tamanho da lesão periapical, quando presente. Os seios maxilares foram classificados quanto a presença ou não de patologias. Análises univariadas, correlações ponto bisserial, regressão logística binária e odds ratio foram utilizadas, considerando o nível de significância de 5%. O sexo, a alteração dental, a raiz acometida, a proximidade dos dentes superiores posteriores, a distância entre o ápice radicular e a cortical sinusal e o tamanho da lesão periapical afetaram significativamente a presença de PSM (p<0,001). O risco de patologias do seio maxilar foi 38,2% inferior entre mulheres e a idade do paciente não se mostrou relacionada com as patologias do seio maxilar. Adicionalmente, os portadores de lesão endoperiodontal possuem risco 2,66 maior de apresentar patologias nos seios maxilares. Pode-se concluir que indivíduos com lesões endoperiodontais ou periodontite apical apresentam risco maior de patologias dos seios maxilares, especialmente nos casos em que a raiz se encontra em contato com a cortical sinusal ou quando as lesões periapicais são grandes. A idade não esteve correlacionada com a presença de patologias nos seios maxilares. Ver menos