Restaurações parciais indiretas como onlays podem ser confeccionadas utilizando materiais cerâmicos ou poliméricos, sendo necessário avaliar a resistência à fadiga destes materiais. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar resistência à fadiga (RF) de onlays monolíticas confeccionadas em resina nanocerâmica (RN) (Lava Ultimate - 3M ESPE), cerâmica vítrea de silicato de lítio reforçada por zircônia (SZ) (Celtra Duo - Dentsply Sirona) e dissilicato de lítio (DL) (IPS e.Max CAD - Ivoclar Vivadent). Vinte e sete onlays dos três materiais (n=9) foram confeccionadas com caixa oclusal e mesial com redução de 2 mm, seguido por redução de 2 mm da cúspide mésio-vestibular e redução de 1.2 mm conectando a cúspide reduzida com a caixa mesial e cimentadas com cimento resinoso dual Allcem (FGM Dental Group) sobre réplicas de molares inferiores (dente 36) confeccionados em resina composta Z100 (3M ESPE) e submetidas à ciclagem mecânica, durante 1.500.000 ciclos, sob carga de 0-250 Newtons aplicada na crista marginal mesial do dente, à frequência de 2 Hertz. A cada 125.000 ciclos os espécimes foram removidos do aparelho simulador de ciclagem mecânica e avaliados no esteromicroscópio com a ajuda de um transiluminador, as onlays que apresentaram trincas ou fraturas foram consideradas falhas. A prevalência de falhas em cada grupo foi avaliada pelo teste de Qui-Quadrado, e o número de ciclos até a falha foi analisado pelo teste de Kruskal-Wallis, seguido pelo teste de Dunn (?=5%), que não revelou diferenças estatísticas na prevalência de falhas (p=0,432). Quanto ao número de ciclos até a falha, verificou-se que o grupo DL apresentou média significativamente superior (1.000.000 de ciclos) do que o grupo SZ (125.000 ciclos) (p<0,05). O grupo RN apresentou média intermediária (425.000 ciclos) e sem diferenças estatísticas em relação à DL e SZ (p>0,05). Sendo assim, podemos concluir que não tivemos diferença quanto ao número total de falhas, os materiais ensaiados apresentaram fadiga equivalente. Ver menos