Comunicação de más notícias [recurso eletrônico] : casos de malformação congênita em obstetrícia
Aline Rabello Paulilo
Dissertação
Português
Campinas : [s.n.], 2024.
79f. : il.
Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
Este trabalho procura analisar a complexa tarefa de Comunicação de Más Notícias (CMN) no contexto de malformações congênitas, especialmente em obstetrícia. O texto discute a importância da comunicação eficaz, analisa as dificuldades e as emoções vivenciadas e enfrentadas pelos profissionais de saúde...
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Este trabalho procura analisar a complexa tarefa de Comunicação de Más Notícias (CMN) no contexto de malformações congênitas, especialmente em obstetrícia. O texto discute a importância da comunicação eficaz, analisa as dificuldades e as emoções vivenciadas e enfrentadas pelos profissionais de saúde e pelas famílias. Apresenta uma análise crítica da formação médica, argumentando que a maioria dos médicos não recebe treinamento adequado em CMN. Examina a eficácia de protocolos SPIKES e PACIENTE na prática médica e explora os aspectos emocionais e práticos dessa comunicação. Entendemos que a CMN exige, para além da técnica, empatia e uma abordagem centrada na pessoa. O objetivo do trabalho é analisar a CMN sobre malformações congênitas em obstetrícia e propor recomendações para médicos e equipe multidisciplinar que assistem gestantes e recém-nascidos a fim de amenizar o sofrimento que os afetam. A pesquisa foi realizada por meio de levantamento e revisão bibliográfica e análise documental. Para analisar o conhecimento dos médicos sobre os protocolos de CMN foi realizado um levantamento em sites de universidades para conhecer os processos de formação acadêmica dos médicos e se esses contemplavam educação voltada à CMN. A pesquisa demonstra a necessidade de mudança na formação médica, assim como uma maior ênfase no desenvolvimento de habilidades comunicativas e de empatia, e a implementação de protocolos específicos para CMN no contexto da obstetrícia. Como conclusão, mostramos que o profissional deve pautar sua ação em processos racionais e emocionais que visem ao bem-estar e à saúde mental do paciente e de seus familiares a fim de que a gestante aceite a realidade de um filho que não é saudável, de forma a preservar o vínculo mãe-bebê e o melhor desenvolvimento para seu filho. O uso dos protocolos permite que a rotina de trabalho dos profissionais seja mais leve, produtiva e saudável e proporcione uma proteção ao estado psíquico, evitando estresses desnecessários, sentimentos de fracasso e outros desfechos desfavoráveis, tais como Síndrome de Burnout. Uma notificação clara e humanizada feita por médicos implicará em sucesso no cuidado e na qualidade dos serviço.
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Trapé, Thiago Lavras
Orientador
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