O tratamento endodôntico nos dentes decíduos objetiva eliminar a infecção e reduzir a microbiota, para atingir o sucesso clínico e radiográfico. Almejando preservar o ciclo biológico até a esfoliação natural. Mas a técnica desses dentes pode ser desafiadora devido à anatomia peculiar dos canais radiculares, dificultando a etapa de instrumentação. No Brasil, a pasta Guedes-Pinto e a pasta CTZ são as mais utilizadas em diferentes técnicas, mas poucos estudos testaram sua eficácia com base na filosofia da esterilização de lesões e reparo tecidual. Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia do tratamento endodôntico realizado pela pasta Guedes-Pinto em molares decíduos sem instrumentação e preenchimento radicular, comparada à endodontia com a pasta CTZ. Para isso, foi realizado um estudo clínico randomizado no qual foram incluídas crianças entre 3 a 6 anos de idade que tivessem molares com necessidade de tratamento endodôntico. A amostra foi composta por 16 molares, aleatoriamente divididos de acordo com a técnica utilizada em: grupo CTZ (n=8) e grupo PGS (n=8). Os acompanhamentos foram realizados nos períodos de 1 mês, e 3 meses após os tratamentos endodônticos, havendo 1 perda de segmento no grupo da pasta CTZ (n=7). Os resultados, após 3 meses, evidenciaram 87,5% de sucesso clínico para o grupo CTZ e os dentes tratados com PGP sem instrumentação mostraram 57,14% de sucesso clínico. Nos resutados radiográficos, foi observado uma taxa de sucesso 75% do grupo CTZ, e 100% do PGS. Assim, pode-se concluir que após 3 meses a técnica utilizando CTZ obteve maior sucesso clínico. Ver menos