O objetivo deste trabalho foi avaliar a susceptibilidade ao manchamento do esmalte dental com vinho tinto (VT) aplicado durante o tratamento clareador com um enxaguatório contendo peróxido de hidrogênio (PH) ou com um gel a base de peróxido de carbamida (PC). Sessenta fragmentos de esmalte bovino (8 x 8 mm) foram obtidos e divididos aleatoriamente em três grupos de acordo com o agente clareador: EC - Enxaguatório clareador contendo PH 3% (Listerine Whitening Extreme) (2 minutos, 1x ao dia); PC - gel a base de PC a 10% (Opalescence PF, Ultradent) (1 hora/dias) (controle positivo) e sem agente clareador (água destilada, controle negativo), por 28 dias. Durante o protocolo clareador, as amostras foram imersas em VT ou água destilada (AD) durante 30 minutos, 1x ao dia (n=10). No restante do tempo, permaneceram imersas em saliva artificial. Antes e após o período total de tratamento clareador, as amostras foram submetidas a avaliação de cor (CIE Lab e ?E). Modelos lineares generalizados foram utilizados para avaliação de *L, *a, *b e ?E. Os dados de *a foram analisados por Kruskal-Wallis (? = 0,05). Observou-se que nos grupos imersos em VT, houve diminuição significativa no valor *L, independentemente do tratamento (p<0,05), enquanto para os grupos imersos em AD, houve aumento significativo do valor *L após o tratamento com EC e AD (p<0,05). O ?E foi maior no esmalte imerso em VT do que quando imerso em AD, independentemente do tratamento (p<0,05). Conclui-se que o uso concomitante de vinho tinto com enxaguatório clareador a base de PH 3% ou gel de PC a 10% prejudicou o resultado do clareamento do esmalte dental, com diminuição da luminosidade e maior alteração de cor do esmalte dental. Ver menos