O processo de reabsorção óssea após exodontia, trauma ou patologia, pode impossibilitar a instalação de implantes osseointegráveis e posterior ancoragem de próteses reabilitadoras. Assim, o uso de enxerto ósseo autógeno foi proposto para compensar tais defeitos, sendo considerado na literatura como o padrão ouro bioló-gico devido suas propriedades de osteoindução, osteocondução e osteogênese. Contudo, seus fatores negativos como limitação da quantidade e morbidade levou a busca por substitutos ósseos sintéticos. Neste sentido, o uso de diversos biomateri-ais tem sido relatado na literatura como potenciais substitutos ósseos. Entretanto, os biomateriais, a priori, não apresentam características osteogênicas, o que pode ser alcançado ao se associar células-tronco mesenquimais (CTMs). Este estudo histoló-gico teve o objetivo de avaliar o uso de biomaterial sintético (membrana e substituto ósseo compostos de hidroxiapatita, quitosana, xantana e grafeno) na regeneração óssea com e sem associação de células-tronco derivadas da polpa dental, em defei-tos críticos na calvária de ratos. Foram utilizados vinte e quatro ratos da raça Wistar, isogênicos, imunossuprimidos e machos, distribuídos aleatoriamente em 2 grupos: grupo 1 (G1) onde foi utilizado substituto ósseo sintético e membrana sintética; grupo 2 (G2), onde foi utilizado substituto ósseo sintético e membrana sintética associados a células-tronco mesenquimais derivadas da polpa dental. Estes grupos foram subdivididos em dois tempos de eutanásia: T1 (14 dias) e T2 (42 dias) (n=6). Após anestesia geral, foi confeccionado defeito de 8mm na calvária dos ratos que receberam o tratamento de acordo com o grupo a que pertenciam. Nos grupos G1 e G2, para ambos tempos de avaliação, não foi observada presença de osso neofor-mado no centro do defeito, verificando-se ainda a presença de partículas do biomaterial, tecido conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos e infiltrado inflamatório, sendo este maior em T1 do G2. No G2 foi verificado diminuição do infiltrado inflamatório de T1 para T2, com níveis similares aos de T1 e T2 do G1. Portanto, a associação de células-tronco derivadas da polpa dental aos biomateriais sintéticos não influenciou a formação óssea no centro do defeito crítico e aumentou a pre-sença de infiltrado inflamatório no início da cicatrização. Ver menos