O objetivo deste trabalho é revisar o tratamento da peri-implantite, dando ênfase a implantoplastia, suas vantagens e desvantagens. A doença peri-implantar é uma condição inflamatória dos tecidos que circundam implantes osteointegrados que é causada por placa bacteriana. Estratégias de desinfecção são propostas no intuito de diminuir a inflamação dos tecidos moles e limitar a progressão da doença. Dessa forma, diferentes protocolos têm sido propostos para o tratamento da peri-implantite, incluindo abordagens não cirúrgicas e cirúrgicas. Nesta revisão, destacamos a implantoplastia, tratamento cirúrgico que compreende na modificação mecânica da superfície do implante que foi descoberta pela perda do osso peri-implantar. A técnica consiste na remoção das espiras do implante exposto e contaminado com posterior polimento, conferindo uma superfície mais lisa e que não favoreça o acúmulo de biofilme. Estudos clínicos e laboratoriais mostram uma melhora considerável nos parâmetros como diminuição da profundidade e sangramento à sondagem, porém, a fragilização do implante, destruição da conexão implante-pilar, superaquecimento durante o alisamento ou risco de reações inflamatórias tardias devido à deposição de partículas de titânio, geradas a partir do procedimento, são problemas que precisam ser considerados. Dentro das limitações da literatura sobre a técnica, observamos que a implantoplastia é uma alternativa para o tratamento da peri-implantite, dessa forma, diversos estudos mostram a eficiência da implantoplastia na redução dos sinais clínicos da inflamação como a diminuição na profundidade e sangramento a sondagem contribuindo na paralização da peri-implantite, porém, complicações biológicas e mecânicas são inerentes a técnica e precisam ser avaliadas antes de sua execução. Ver menos