Há um crescimento em todo mundo pela procura de procedimentos estéticos. Dados do International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) apontam que o Brasil só perde para os Estados Unidos em quantidade de procedimentos estéticos não-cirúrgicos realizados quando comparados com todo o mundo. Entre o uso de injetáveis, os mais realizados são a aplicação de Toxina Botulínica (TxB) e Preenchedores de Ácido Hialurônico (AH), respectivamente. O AH é um polissacarídeo que está presente no corpo humano como um componente da matriz extracelular. Há uma série de características que manifestam o processo de envelhecimento conforme a idade avança e o preenchimento tem como objetivo integração de função e estética, fornecendo uma harmonia através de ajustes na simetria entre os três terços da face. Com as enormes evidências científicas, o AH provou ser um confiável e de previsível tratamento para auxiliar no rejuvenescimento. Além disso, o preenchimento labial é considerado um procedimento minimamente invasivo e, por isso, se tornou muito popular nos últimos anos. O objetivo desta revisão de literatura é instruir todos os profissionais que realizam preenchimentos dérmicos a reconhecer, remediar e tratar as possíveis intercorrências ao realizar preenchimento labial. As complicações são classificadas em imediatamente após a injeção (equimose, edema, eritema e comprometimento vascular), de início precoce (infecção, crise herpética, hipersensibilidade e necrose tecidual) e de início tardio (pigmentação, migração, nódulos, granuloma induzido por hipersensibilidade, biofilme, infecção tardia). A prevenção provou que deve ser considerada a primeira estratégia contra complicações. Profissionais devem ter vasto conhecimento em anatomia, devem estar totalmente atentos aos sinais e sintomas relacionados aos eventos adversos e devem estar preparados para tratá-los. Estabelecer protocolos, tanto para os procedimentos eletivos quanto para emergências, instruir os pacientes acerca dos cuidados após o tratamento, manter contato com o paciente após o procedimento e agir rapidamente em caso de suspeita, principalmente em eventos vasculares é a melhor forma de reverter as complicações gerando o mínimo de sequelas possível Ver menos