Acompanhamento do excesso de óbitos associados à epidemia de COVID-19 como estratégia de vigilância epidemiológica- [texto] : resultados preliminares da avaliação de seis capitais brasileiras
Nicole Montenegro de Medeiros
Dissertação
Português
Campinas : [s.n.], 2022.
45f. : il.
Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Centro de Pes-quisas Odontológicas São Leopoldo Mandic
INTRODUÇÃO: Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o surto da doença coronavírus (COVID-19) como uma pandemia. No Brasil, foram confirmados 110 mil casos e 5.901 óbitos até o final de abril de 2020. A escassez de recursos laboratoriais, a sobrecarga da rede de serviços e o amplo...
Ver mais
INTRODUÇÃO: Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o surto da doença coronavírus (COVID-19) como uma pandemia. No Brasil, foram confirmados 110 mil casos e 5.901 óbitos até o final de abril de 2020. A escassez de recursos laboratoriais, a sobrecarga da rede de serviços e o amplo espectro clínico da doença dificultam a documentação de todos os óbitos por COVID -19. O objetivo deste estudo foi avaliar a taxa de mortalidade em capitais brasileiras com alta incidência de COVID-19. MÉTODOS: Avaliou-se a mortalidade semanal entre as semanas epidemiológicas 1 e 16 em 2020 e o período correspondente em 2019. Estimou-se a mortalidade esperada em intervalo de confiança de 95%, projetando a mortalidade em 2019 para a população em 2020, usando dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (ARPEN-Brasil). OBJETIVO: trazer o estudo de excesso de mortalidade como ferramenta válida para suporte da vigilância epidemiológica na detecção de novos agravos ou ocorrências de novos eventos de maneira inesperadas e constatadas pelo excesso de mortes num determinado período de tempo em relação ao mesmo período em anos passados. RESULTADOS: Nas cinco capitais com maior incidência de COVID-19, identificou-se excesso de mortes durante a pandemia. A faixa etária acima de 60 anos foi gravemente afetada, enquanto 31% do excesso de óbitos ocorreram na faixa etária de 20 a 59 anos. Houve forte correlação (r = 0,94) entre o excesso de óbitos e o número de óbitos confirmados pelo monitoramento epidemiológico. A vigilância epidemiológica capturou apenas 52% de toda a mortalidade associada à pandemia COVID-19 nas cidades examinadas. CONCLUSÕES: Considerando a simplicidade do método e seu baixo custo, acredita-se que a avaliação do excesso de mortalidade associada à pandemia de COVID-19 deva ser utilizada como ferramenta complementar para a vigilância epidemiológica regular.
Palavras-chave: Excesso de mortalidade; COVID-19; Pandemia; Vírus respiratório; Vigilância epidemiológica.? Ver menos
Palavras-chave: Excesso de mortalidade; COVID-19; Pandemia; Vírus respiratório; Vigilância epidemiológica.? Ver menos
Acompanhamento do excesso de óbitos associados à epidemia de COVID-19 como estratégia de vigilância epidemiológica- [texto] : resultados preliminares da avaliação de seis capitais brasileiras
Nicole Montenegro de Medeiros
Acompanhamento do excesso de óbitos associados à epidemia de COVID-19 como estratégia de vigilância epidemiológica- [texto] : resultados preliminares da avaliação de seis capitais brasileiras
Nicole Montenegro de Medeiros