O tratamento com próteses totais possui um longo histórico. Neste, evidencia-se grande evolução no que se refere aos materiais utilizados no tratamento, o entendimento das características físicas e psicológicas dos pacientes tratados, bem como as reações teciduais às proteses, fazendo com que haja um melhor planejamento das próteses, adquirindo assim, melhores e mais favoráveis resultados aos pacientes. Dentre as principais causas da perda dentária, principalmente em pacientes na terceira idade, destacam-se a doença periodontal e a cárie dentária. Estas são as mais comuns e frequentes, uma vez que, com o avançar da idade, o indivíduo passa a adquirir limitações nas habilidades, como a perda da coordenação motora. Isso faz com que não executem tarefas, como a higiene oral, com a qualidade necessária . A prótese total convencional é o tratamento mais frequentemente empregado para pacientes desdentados. Entretanto, a modalidade está relacionada a problemas como limitação na retenção e estabilidade, o que reduz a capacidade mastigatória do paciente. A confecção da prótese total deve representar para o paciente, além do conforto estético, o conforto usual para o sucesso na restauração da mastigação e fonética. Algumas vezes a reabsorção óssea pode comprometer a tão esperada retenção e se torna um desafio para o odontólogo. A prótese total convencional é o método terapêutico capaz de reabilitar edêntulos, pois exige procedimento de baixa complexidade e custo acessível, comparado a valores de tratamentos como implantes. Contudo, existem muitos relatos de queixas quanto ao uso e adaptação da prótese total. Estudos apontam que os principais problemas estão ligados aos quesitos retenção e estabalidade. O percentual de insatisfeitos com as novas próteses totais mandibulares ainda é considerado alto, atingindo índices entre 7 e 25%. Discrepantes fatores influenciam na retenção e estabilidade das próteses totais, os fatores físicos, fisiológicos, psíquicos, mecânicos e cirúrgicos. Nos fatores fisiológicos, a reabsorção óssea causada pelo estado de edentulismo irá interferir diretamente na retenção da prótese tendo como sua principal consequência a perda da dimensão vertical ocasionando mudanças faciais notáveis, principalmente no terço inferior, além de afetar a fonação e a mastigação, as características anatômicas do reborbo alveolar, grau de tonicidade dos tecidos, a quantidade de saliva que irá proporcionar a boa retenção da prótese total. Conforme estudos indexados, podemos concluir que um dos maiores fatores que pode influenciar na adesão da prótese é a aceitação do paciente, fator este que depende de uma boa estabilidade e retenção, pois, quando essas não ficam bem retidas/aderidas, interferem no processo de mastigação, trazendo incomodo e possível desistência do uso. Ver menos