A expressão Hipomineralização Molar-Incisivo foi sugerida para descrever uma alteração qualitativa do esmalte de origem sistêmica, que se apresenta como opacidades demarcadas, de extensão e gravidades diferentes, e que afeta um ou mais primeiros molares permanentes, podendo afetar também os incisivos permanentes. Sua etiologia é considerada multifatorial, ainda sem dados conclusivos, podendo estar associada a inúmeros fatores como: complicações pré-natais, parto pré-maturo, complicações durante o parto, doenças da infância (febre alta nos três primeiros anos de vida), doenças respiratórias, exposição a poluentes ambientais como Bisfenol A, e possível associação genética. A gravidade e a extensão das lesões variam de acordo com o indivíduo. A idade média para um diagnóstico correto é aos oito anos, pois nesta fase, todos os incisivos permanentes e os primeiros molares estão totalmente erupcionados. O diagnóstico de hipomineralização molar-incisivo leva a várias consequências, como o desenvolvimento rápido de lesões cariosas, perda precoce de esmalte, fratura dentária, sensibilidade dentinária, dificuldade de anestesia, recorrentes e demorados tratamentos, dependendo do grau de acometimento da mancha e da lesão, necessitando de um acompanhamento de perto. Sendo assim, o objetivo deste estudo é relatar um caso clínico de um paciente do sexo masculino, sete anos de idade, que apresentava alterações de esmalte moderada nos incisivos centrais superiores e incisivo lateral inferior, alterações severas nos primeiros molares permanentes, com diagnóstico de Hipomineralização Molar-Incisivo, que foi submetido a tratamentos estéticos, restauradores e controle de sensibilidade dentinária, sendo acompanhado por 12 meses. A abordagem das lesões dos dentes anteriores com aplicação da resina infiltrante demonstrou melhora significativa na estética e na manutenção da integridade dos elementos. Para os dentes posteriores, a aplicação do laser de baixa potência se mostrou efetivo para controle da sensibilidade relatada. É necessário o acompanhamento de perto do paciente, de maneira a intervir o mais rápido possível caso apresente alguma alteração. Fica evidente a relevância para a prática clínica atual a necessidade de mais estudos e conhecimentos a respeito da HMI. Ver menos