Objetivo: identificar os fatores etiológicos das lesões cervicais não cariosas e entender como agem na sua formação e evolução para que o profissional possa prevenir e tratar de forma adequada essas lesões. Materiais e Métodos: para pesquisa dessa revisão de literatura foram usadas as bases de dados PUBMED e PORTAL PERIÓDICOS CAPES com artigos publicados nos últimos dez anos. Foram usadas as palavras chaves:Lesões ou injurias cervicais não cariosas, etiologia; traduzidas para o inglês na pesquisa da base de dados PUBMED. Foi também utilizado nessa pesquisa, o livro Soares & Grippo (2017). Conclusão: A literatura atual entende que a etiologia das lesões cervicais não cariosas ( LCNCs) é multifatorial, e os mecânismos reconhecidos são: biocorrosão/erosão, estresse ( tensão)/abfração, fricção ( atrito)/ abrasão. A evolução das lesões depende da interação de dois ou mais fatores e são tempo dependentes. Por esse motivo a prevalência aumenta com a idade uma vez que as pessoas tem envelhecido com seus dentes graças ao sucesso de medidas preventivas na odontologia. Escovação antes e logo após a refeição devem ser evitadas para minimizar a agressão dos ácidos da alimentação sobre a superfície dos dentes. A saliva tem um papel importante na proteção dos dentes contra o desafio ácido. A abrasividade dos dentifrícios tem mais influência no desgaste abrasivo do dente que o tipo de escova dental utilizada. Ainda é incerto o papel da rigidez das cerdas na abrasão causada pela escovação. Desequilíbrios oclusais devem ser corrigidos para evitar tensões na região cervical dos dentes. Alguns autores em seus estudos mostram a relação de estresse oclusal e lesões de abfração, outros não. A teoria da abfração ainda não foi comprovada. Existe uma correlação direta entre lesões cervicais não cariosas, hipersensibilidade dentinária cervical e recessão gengival. Ver menos