Trajetória profissional dos egressos de cursos de graduação em odontologia de Angola [recurso eletrônico]
Luisa Carmen de Barros Pedro Tunguno
Dissertação
Português
Campinas : [s.n.], 2022.
55f. : il.
Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
O mercado de trabalho é bastante dinâmico na Odontologia e conhecer o perfil dos egressos colabora na compreensão das tendências e necessidades da profissão, especialmente em um país como Angola, com ensino regulamentado em Odontologia recente no qual análise semelhante ainda não foi realizada. O...
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O mercado de trabalho é bastante dinâmico na Odontologia e conhecer o perfil dos egressos colabora na compreensão das tendências e necessidades da profissão, especialmente em um país como Angola, com ensino regulamentado em Odontologia recente no qual análise semelhante ainda não foi realizada. O objetivo do presente estudo foi avaliar a trajetória profissional dos egressos dos cursos de graduação em Odontologia de Angola em função do tempo de formados. Trata-se de um estudo observacional transversal de natureza quantitativa. O estudo foi realizado entre julho e dezembro de 2021 com os egressos de 06 Instituições de ensino superior que apresentavam curso de Odontologia e já tivessem formado turmas, dentre os quais a primeira se formou em 2006. Foram convidados a participar do estudo 285 dentistas por meio de grupos de cirurgiões-dentistas angolanos, via mensagens instantâneas (WhatsApp). Foi utilizado um questionário pré testado semiestruturado, disponibilizado por link pela Plataforma Google Forms, composto por 25 questões sendo 10 objetivas e 15 abertas que visavam identificar o perfil socioeconômico e demográfico, profissional e acadêmico dos respondentes desde a sua formação até a vivência na pandemia de Covid19. Os dados obtidos foram tabulados e submetidos à análise descritiva e testes de Qui-quadrado e Exato de Fisher foram utilizados para analisar as associações com o tempo de formado. Verificou-se que a maior frequência de egressos é do sexo feminino (73,3%), da faixa etária entre 30-39 anos (44,5%) e trabalha no setor público (30,1%). Menos de um quarto (20,6%) refere ter cursado pelo menos uma pós graduação. A ortodontia foi a especialização mais citada dentre as cursadas (5,5%) e a disciplina de graduação que mais chamou a atenção do egresso foi cirurgia (38,4%). Verificou-se que a maioria (92,5%) se formou em Luanda, cidade em que reside a maior parte dos egressos (80,1%). Verificou-se que para 80,1% o rendimento mensal médio é de até 10 salários-mínimos (até 321.810kz; 1 kz =R$ 0,01188), considerado regular ou ruim para a maioria (77,4%). A pandemia de covid-19 impactou bastante ou extremamente a vida profissional de 58,9% dos profissionais. Observa-se ainda associação significativa entre o tipo de atividade profissional e o ano de formado (p<0,05). Dentre os que se formaram até 2016, 13,4% têm atividade privada e 28% pública e privada. Dentre os que se formaram após 2016, 31,2% têm atividade exclusivamente pública e 9,4% pública e privada. Egressos formados até 2016 realizaram mais cursos de pós graduação (p<0,05), declararam ter maior rendimento mensal (p<0,05) e tiveram mais custeio de bolsas governamentais para cursar a graduação (p=0,0531). Concluiu-se que os egressos de Odontologia de Angola se caracterizam por serem a maioria mulheres e graduados na capital. O setor público é o maior empregador e a maioria dos egressos relatou insatisfação salarial. Quanto maior o tempo de formação profissional, maior a titulação, vínculo duplo e maior satisfação com a renda.
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