A Identificação consiste em um conjunto de procedimentos científicos que visa estabelecer a identidade de uma pessoa, viva ou morta. Nesse sentido, é importante utilizar todos os recursos que possam auxiliar na individualização. Em corpos já em avançado estado de decomposição, é necessário reconstruir o perfil biológico dos restos humanos analisados (sexo, idade, estatura e ancestralidade). Assim, este estudo objetivou pontuar quais caracteres morfológicos do crânio são mais utilizados para se estimar a ancestralidade em populações contemporâneas da América. Um protocolo de revisão sistemática foi registrado na base OSF e seguiu as recomendações do Manual da JBI. Para a estruturação da pergunta de pesquisa, foi utilizado o acrônimo PVO, buscando estudos sem restrição de ano e idioma. Foram excluídos artigos que trabalharam com ossadas arqueológicas, ossadas de indivíduos não adultos e que utilizaram na estimativa a análise dos dentes, e partes do esqueleto que não fossem do crânio, análises métricas e genéticas. Sete bases de dados (MedLine via PubMed, Scopus, Embase, LILACS, BBO, SciELO e Web of Science) foram pesquisadas como fontes de busca primária. As bases ProQuest, Google Acadêmico e OpenGrey foram utilizadas para capturar parcialmente a "literatura cinzenta". Dois revisores de elegibilidade coletaram de maneira independente os dados e avaliaram o risco de viés. A síntese qualitativa foi realizada de maneira descritiva/narrativa. Foram encontrados inicialmente 4,526 registros. Seis estudos foram selecionados para a síntese qualitativa. Os estudos foram publicados entre 2010 e 2020 e realizados nos Estados Unidos da América, Canadá e Colômbia. A literatura revisitada neste estudo indicou como características morfológicas cranianas mais associadas com a ancestralidade a Espinha Nasal Anterior (ANS),a Largura Interorbital (IOB),a Largura da Abertura Piriforme/Nasal (NAW), o Sobrecrescimento dos Ossos Nasais (NO) e a Depressão Pós Bregmática (PBD). Tais estruturas são em sua maioria abordadas no método antropológico proposto por Hefner (2009). Ver menos