Avaliação da relação das lesões periapicais e periodontais com as sinusopatias maxilares por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico [recurso eletrônico]
João Carlos de Castro Monteiro
Dissertação
por
Campinas : [s.n.], 2020.
63f. : il.
Dissertação (Mestrado em Radiologia Odontológica) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
Este estudo investigou a associação entre infecções de origem odontogênica (IO) e as sinusopatias dos seios maxilares (SSM). Foram mensuradas as distâncias entre a cortical do assoalho sinusal e os ápices radiculares dos dentes acometidos e da mesma cortical à lesões odontogênicas. Adicionalmente,...
Ver mais
Este estudo investigou a associação entre infecções de origem odontogênica (IO) e as sinusopatias dos seios maxilares (SSM). Foram mensuradas as distâncias entre a cortical do assoalho sinusal e os ápices radiculares dos dentes acometidos e da mesma cortical à lesões odontogênicas. Adicionalmente, foi averiguado o papel desempenhado pelo óstio maxilar e óstios acessórios nesse processo. De 960 exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), 196 foram selecionados e 250 dentes posteriores foram avaliados quanto à presença de OI. Os seios maxilares foram analisados quanto à presença de SSM. Para caracterização das OI foram consideradas: a lesão periapical, a lesão endoperiodontal e a perda óssea periodontal envolvendo a região de furca. Em relação às SSM destacaram-se: o espessamento da mucosa sinusal (EMS) e o velamento no seio maxilar (VSM). O grupo controle consistiu em pacientes que apresentassem dentes com lesões e ausência de sinusopatia bilateral (49 pacientes e 59 dentes).Houve associação significativa entre IO e SSM (p<0,001). Os pacientes com lesão periapical apresentam 5,9 vezes mais chance de ter espessamento da mucosa e 3,03 vezes mais possibilidade de ter velamento do que aqueles com lesão de furca. Verificou-se que quanto menor a distância entre a lesão e o assoalho do seio maxilar (distância de 0 mm ou contato) e entre as raízes dentárias e o assoalho (raiz insinuada no seio), maior a probabilidade de ocorrer SSM, sejam unilaterais ou bilaterais. O óstio maxilar obstruído aumenta o risco de velamento unilateral ou bilateral do seio maxilar em 12,04 vezes, já a ausência de óstio acessório predispõe ao desenvolvimento de velamento unilateral ou bilateral do seio maxilar com razão de chances de 3,03. A freqüência das diferentes SSM não esteve associada a nenhum dente ou raiz dentária em particular. Pôde-se concluir que a raiz "insinuada" no seio maxilar, a proximidade entre o assoalho sinusal e o ápice radicular ou com a lesão odontogênica e a condição do óstio obstruído predispõem ao desenvolvimento de EMS ou VSM. Em contrapartida, a presença de óstio acessório reduz a incidência de EMS e VSM.
Ver menos
Avaliação da relação das lesões periapicais e periodontais com as sinusopatias maxilares por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico [recurso eletrônico]
João Carlos de Castro Monteiro
Avaliação da relação das lesões periapicais e periodontais com as sinusopatias maxilares por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico [recurso eletrônico]
João Carlos de Castro Monteiro