Comparação entre a radiografia panorâmica e a tomografia computadorizada de feixe cônico na avaliação das raízes dos terceiros molares superiores [recurso eletrônico]
Márcia Almeida Marques
Dissertação
Português
Campinas : [s.n.], 2022.
47f : il.
Dissertação (Mestrado em Radiologia Odontológica) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
A remoção do terceiro molar é um dos procedimentos mais realizados na clínica odontológica. Para minimizar os riscos cirúrgicos, é fundamental o conhecimento da anatomia dental e da relação com as estruturas adjacentes, como o seio maxilar. A radiografia panorâmica é a modalidade de imagem mais...
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A remoção do terceiro molar é um dos procedimentos mais realizados na clínica odontológica. Para minimizar os riscos cirúrgicos, é fundamental o conhecimento da anatomia dental e da relação com as estruturas adjacentes, como o seio maxilar. A radiografia panorâmica é a modalidade de imagem mais solicitada pelos cirurgiões dentistas para o diagnóstico dos terceiros molares e realização do plano de tratamento. No entanto, por ser um exame bidimensional, apresenta limitações, como distorção e sobreposição de estruturas. A tomografia computadorizada de feixe cônico fornece imagens tridimensionais, superando as limitações da panorâmica. O objetivo desse estudo retrospectivo foi comparar a radiografia panorâmica (PAN) e a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) na avaliação das raízes dos terceiros molares superiores e da relação das mesmas com o seio maxilar (SM). Dois radiologistas previamente treinados avaliaram imagens de PAN e TCFC dos mesmos pacientes, totalizando 206 terceiros molares superiores. Foi registrado o número de raízes, a morfologia (raízes cônica/fusionadas, divergentes, dilaceradas ou atípicas) e a relação com o SM na PAN (acima das raízes, íntimo contato, sobreposição de 1/3, 2/3 ou à furca) e na TCFC (distantes do SM, tocando o SM, cúpulas alveolares ou ausência de recobrimento ósseo). Os dados foram analisados por meio de frequências absolutas e relativas e aplicando-se o teste kappa. Para número e morfologia a porcentagem de concordância entre os exames foi de 54,3% e 73,7%, respectivamente. Para os dentes unirradiculares a porcentagem de concordância foi de 69,6%; para a morfologia radicular cônica a concordância foi de 90,9%. Os valores de kappa apontaram concordância moderada para número (kappa = 0,42) e leve para morfologia (kappa = 0,38). Na PAN a maior parte das raízes apresentou-se em íntimo contato (30,6%) com o SM ou com 1/3 das raízes sobrepostas ao SM (35%); na TCFC as relações mais prevalentes foram tocando o assoalho do SM (32%) e cúpulas alveolares (27,2%). A ausência de recobrimento ósseo na TCFC foi classificada na PAN como sobreposição do SM a 1/3 das raízes em 51,3% dos casos. Conclui-se que a PAN é uma modalidade de imagem relativamente confiável para a determinação do número e morfologia radicular de terceiros molares superiores. No entanto, para a relação raiz-SM não existe um sinal radiográfico que seja indicativo da relação anatômica entre raízes e seio maxilar na TCFC.
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Márcia Almeida Marques
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