A membrana de colágeno pode interferir na transmissão da luz e influenciar a neoformação óssea durante a fotobiomodulação? [recurso eletrônico]
Paulo Jorge Romão Varela
Tese
por
Campinas : [s.n.], 2022.
47f. : il.
Tese (Doutorado em Implantodontia) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
Este trabalho consistiu em avaliar, qualitativamente e quantitativamente a transmissão da luz a 808nm, através de uma membrana de colágeno reabsorvível e a consequente neoformação óssea local, após a confecção de um defeito ósseo crítico em um modelo animal. Foram utilizados 24 ratos machos da...
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Este trabalho consistiu em avaliar, qualitativamente e quantitativamente a transmissão da luz a 808nm, através de uma membrana de colágeno reabsorvível e a consequente neoformação óssea local, após a confecção de um defeito ósseo crítico em um modelo animal. Foram utilizados 24 ratos machos da espécie Rattus norvegicus albinus da linhagem Wistar, com idade média de 3 meses. Após a realização do defeito ósseo crítico, os animais receberam os grânulos de Bio Oss® (Geistlich Biomaterials Suíça), com granulometria de 1mm-2mm. Os animais foram divididos aleatoriamente em 3 grupos (N = 24; n = 8). Grupo I, Controle, após a confeção do defeito crítico o rato recebeu apenas os grânulos de biomaterial, Bio Oss® e a membrana de colagéno, Bio Gide®, a ferida cirúrgica foi encerrada e nenhuma fotobiomodulação foi aplicada. Grupo II, após a inserção do Bio Oss®, foi aplicada a membrana Bio Gide® após este procedimento foi realizada fotobiomodulação por 40s, (4J), sobre a membrana suturando-se no final da cirurgia. Grupo III, a Fotobiomodulação foi realizada por 40s, diretamente sobre o biomaterial Bio Oss® e em seguida a membrana, Bio Gide®, foi aplicada, no final, a ferida cirúrgica foi suturada. Os animais foram eutanasiados aos 7º e 14º dias. As calvárias dos animais foram dissecadas e realizadas as análises histológicas. Os resultados mostraram que a membrana de colágeno pode interferir na fotobiomodulação nos tecidos. O osso neoformado ao 14º dia, foi evidente em contato com as bordas da ferida e próximo às superfícies das partículas em todos os grupos, embora não tenham sido observados os encerramentos completos dos defeitos. Considerando o processo inflamatório, em geral houve discreta presença de processo inflamatório após 7 dias. Nos animais, foi observado que no grupo onde a irradiação foi realizada diretamente sobre a membrana, a quantidade de osso neoformado após 14 dias teve um aumento não significativo em relação à neoformação óssea comparando com o grupo controle. A mesma situação se passou em relação aos vasos sanguíneos observados nos animais eutanasiados ao 7º dia. Entretanto, quando a irradiação foi realizada sem a interposição da membrana, a quantidade de osso neoformado foi significativamente maior que nos outros grupos. Baseado nos resultados, podemos concluir que a membrana de colágeno pode interferir na passagem da luz durante a fotobiomodulação e diminuir a dosimetria da luz na área da ferida, resultando em uma menor cicatrização e neoformação óssea, em defeitos ósseos críticos.
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A membrana de colágeno pode interferir na transmissão da luz e influenciar a neoformação óssea durante a fotobiomodulação? [recurso eletrônico]
Paulo Jorge Romão Varela
A membrana de colágeno pode interferir na transmissão da luz e influenciar a neoformação óssea durante a fotobiomodulação? [recurso eletrônico]
Paulo Jorge Romão Varela