O edentulismo maxilar constitui-se em uma das maiores dificuldades para reabilitação com implantes osseointegráveis, tendo em vista que a contínua e maior reabsorção do rebordo residual compõe-se em um problema significativo na reabilitação cirúrgica e protética.O objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio de simulação com modelo fotoelástico, o estresse gerado na gelatina,que simula osso alveolar, a partir do uso da técnica de "all on four®",e se possível a sua aplicabilidade na clínica.O estudo fotoelástico realizado com quinze repetições para cada força axial aplicada sob o implante inclinado direito por meio de simulação, onde se utilizou um aquário contendo um modelo fotoelástico preparado com gelatina incolor, para sustentação de quatro implantes unidos entre si através de 4 uclas calcináveis e resina acrílica, além do polarioscópio para análise do modelo, fundamentado na fotoelasticidade. Dos quatro implantes, os dois centrais foram colocados retos e aplicadas forças axiais, com o auxilio de um tensiômetro, para obtenção de um escore de 1 à 5 como referência para os testes. A intensidade deste estresse mecânico foi analisada por um material birrefrigente com o auxilio de um polarioscópio, que permitiu analisar a presença de franjas, sua localização e extensão das mesmas, possibilitando a visualização do estresse causado, e obtenção do escore referencial. Os implantes das extremidades, foco da pesquisa, foram angulados em 30 graus e sobre um desses foram aplicadas forças axiais, com o tensiometro que variaram de 1onça (28,35gramas) até 6onças, focalizando o surgimento dos escores de referência. Para análise fotoelástica, dois fatores foram considerados: quanto maior o número de franjas, mais alta a magnitude de estresse; quanto mais próximas as franjas entre si, mais alta a concentração de estresse. Os resultados desta pesquisa, apresentados qualitativamente, trouxeram os dados pertinentes à direção e à distribuição das franjas baseado em escore criado. Com a aplicação gradativa da força, verificou-se o surgimento do escore no ângulo disto apical, na distal e na face cervico distal do implante inclinado, demonstrando sempre um escore à frente, na região disto cervical e escore menor na mesial e à distância dos implantes. A localização, o número e a homogeneidade dessas franjas demonstraram que ocorre estresse leve à distância, leve a moderado em toda mesial do implante, moderado à severo no ângulo disto apical e na face distal, e severo na cervical distal do implante, caracterizando estresse nessas regiões do rebordo alveolar, fato esse, em consequência de uma força de alavanca gerada por esse implante.A quantidade e qualidade das franjas aparecidas na pesquisa ,revela uma tenssão maior no ângulo apico -distal, e na distal do implante avaliado, sugerindo uma força de alavanca na região,o que pode-se talvez ser compensado com ajustes oclusais na prótese,porem, para obtenção precisa dessa informação,faz se necessário uma pesquisa focada nesse tema. A fotoelasticidade, apesar de suas limitações, é um meio viável de se obter informações técnicas laboratoriais, podendo ser utilizadas na clínica cotidiana. Ver menos