O traumatismo em dentes decíduos se apresenta como um grande problema presente em consultórios odontopediátricos, sendo mais suscetível na primeira infância. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de uma criança de 2 anos e 10 meses, sexo masculino, que compareceu à clínica de Odontopediatria da Faculdade São Leopoldo Mandic com fratura no elemento 61. Após avaliação clínica e radiográfica foi diagnosticada uma fratura coronorradicular associada a pulpite crônica hiperplásica. Visto que a fratura se apresentou muito extensa, de 4 a 5 mm além da margem gengival, a exodontia foi a escolha de tratamento. Não se optou de imediato por colocar um mantenedor de espaço estético no lugar da perda dentária devido ao canino decíduo superior (63) estar irrompido e desta forma, não ter o risco de perda de espaço pela mesialização do incisivo lateral superior (62), e pelo fato do paciente ter pouca idade para cooperar com o uso. Porém, a instalação futura de um mantenedor de espaço no local da perda dentária pode evitar possíveis problemas ortodônticos, fonéticos, estéticos e psicológicos. E tendo em vista o risco de desenvolvimento de sequelas nos dentes permanentes decorrentes do trauma, é de suma importância realizar o acompanhamento clínico e radiográfico até a esfoliação do dente decíduo Ver menos