Avaliação da relação entre canais não localizados e a presença de lesão periapical em pré-molares e molares tratados endodonticamente: estudo de tomografia computadorizada de feixe cônico [recurso eletrônico]
Hugo José Santos Bastos
Dissertação
Português
Campinas : [s.n.], 2021.
37f. : il.
Dissertação (Mestrado em Endodontia) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
Objetivo: Avaliar a associação entre canais não tratados e a presença de periodontite apical em molares e pré-molares tratados endodonticamente. Metodologia: Quinhentos e seis exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) realizados em um tomógrafo JMorita 3D Accuitomo 80, contendo...
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Objetivo: Avaliar a associação entre canais não tratados e a presença de periodontite apical em molares e pré-molares tratados endodonticamente. Metodologia: Quinhentos e seis exames de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) realizados em um tomógrafo JMorita 3D Accuitomo 80, contendo pelo menos um dente com tratamento endodôntico, foram analisados entre janeiro de 2016 e janeiro de 2019. Trezentos e onze pré molares e 502 molares foram avaliados quanto à presença ou ausência de canais radiculares não tratados e lesões periapicais associadas a esses dentes. As imagens de TCFC foram avaliadas por 2 endodontistas de forma independente e os casos discordantes foram reavaliados por um radiologista para chegar a um consenso. Os dados foram tabulados e a associação entre lesões periradiculares e a presença de canais não tratados para cada grupo de dentes foi avaliada utilizando o Teste de Probabilidade Exato de Fisher e a Odds ratio, com o nível de significância estabelecido em 5%. Resultados: Duzentos e vinte dentes apresentaram ao menos um canal não tratado (27,1%) e destes, 192 dentes (87,3%) apresentaram lesão perirradicular. Os molares superiores apresentaram a maior prevalência de lesões perirradiculares (70,3%), maior incidência de canais não tratados (56%) e de canais não tratados com lesão periradicular (51,5%). Todos os grupos de dentes analisados apresentaram associação entre a presença de lesão perirradicular e canais não tratados na mesma raiz (p < 0.05). A análise de ODDs ratio indicou que a frequência de lesões periradiculares foi maior em dentes tratados endodonticamente com pelo menos 1 canal não tratado, com destaque para os molares superiores que apresentaram 14,16 vezes mais probabilidade de apresentar lesão em relação aos demais grupos de dentes avaliados. Conclusão: O insucesso do tratamento endodôntico pela manutenção ou aparecimento de lesões periapicais associadas a canais não tratados confirmado neste estudo, reforça a necessidade de correta detecção desses canais extras ou de difícil acesso.
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Hugo José Santos Bastos
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