Resistência de união entre cerâmicas à base de dissilicato de lítio e de zircônia diante da cimentação, sobre-injeção e fusão [recurso eletrônico]
Franco Ignáccio Mallaguti
Dissertação
por
Campinas : [s.n.], 2021.
50f. : il.
Dissertação (Mestrado em Implantodontia) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic
Classicamente, o recobrimento de infraestruturas de zircônia é realizado com cerâmica feldspática. Entretanto, há altos índices de falhas adesivas e coesivas no uso deste sistema. A fim de contornar este problema alguns autores têm sugerido a união de cerâmica à base de dissilicato de lítio...
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Classicamente, o recobrimento de infraestruturas de zircônia é realizado com cerâmica feldspática. Entretanto, há altos índices de falhas adesivas e coesivas no uso deste sistema. A fim de contornar este problema alguns autores têm sugerido a união de cerâmica à base de dissilicato de lítio (revestimento) a cerâmica à base de zircônia (pilar). Entretanto, há carência de informações sobre a resistência de união dos diferentes métodos de promover tal união. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a resistência de união ao cisalhamento entre cerâmicas à base de dissilicato de lítio (DSL) e de zircônia (ZIR), diante da cimentação, sobre-injeção e fusão, assim como seus modos de falha. Para tal, foram confeccionadas 18 amostras de ZIR (IPS e.max ZirCAD MO0 B40L, Ivoclar Vivadent), com 12,4x15,3x5,0 mm. Também foram preparadas 18 amostras de DSL (7,0x6,0x5,0 mm), sendo 12 seccionadas a partir de blocos IPS e.max CAD (HT A1 C14, Ivoclar Vivadent), e as outras 6, sobre-injetadas a partir de pastilhas de Amber POZ (HT A1, Haas Corp). De acordo com método de união, formaram-se os seguintes grupos: CIM (cimentado) - bloco de e.max CAD cimentado com sistema de cimentação de dupla polimerização (Panavia V5) sobre ZIR, como controle; INJ (sobre-injetadas) - bloco de Amber POZ sobre-injetado na amostra de ZIR, a partir da técnica da cera perdida; e FUS (fusionadas) - bloco de e.max CAD fusionado sobre o ZIR, utilizando cerâmica vítrea de união (IPS e.max CAD-Crystall/Connect, Ivoclar Vivadent). Os corpos de prova assim obtidos foram avaliados inicialmente quanto à resistência de união por teste de cisalhamento, em máquina de ensaio universal. Após, foi realizada avaliação em lupa estereoscópica para verificação dos modos de falha, sendo esta classificada como adesiva, quando a falha ocorreu entre ZIR e DSL; coesiva, quando presente na infraestrutura ou na cerâmica de recobrimento; e mista, quando se deu pela combinação das duas citadas. A análise de variância (p = 0,729) demonstrou não haver diferença significativa entre os grupos CIM [média: 20,87 MPa e desvio padrão: 5,69 MPa], INJ [média: 22,47 MPa e desvio padrão: 7,12 MPa] e FUS [média: 23,19 MPa e desvio padrão: 4,74 MPa], quanto à resistência de união ao cisalhamento. Em relação ao modo de falha, apenas rupturas adesivas e mistas foram observadas nos grupos, com o teste de Fisher-Freeman-Halton indicando inexistência de diferença estatística significativa entre os grupos (p = 0,357). Concluiu-se que a cimentação, sobre-injeção e fusão proporcionaram resistência e modo de falha equivalentes, e portanto, considerando as vantagens e limitações de cada método, é plausível que a fusão seja a primeira opção de escolha para união entre cerâmicas à base de dissilicato de lítio e infraestrutura de zircônia.
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Franco Ignáccio Mallaguti
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