O objetivo neste estudo foi comparar, por meio do método de elementos finitos (MEF), a distribuição de tensões em dois diferentes tipos de coroas (zircônia e cerâmica feldspática) e três tipos diferentes de intermediários protéticos (PEEK, titânio e zircônia) em um incisivo central superior. Os grupos foram modelados com um software (SolidWorks 2013), sendo que a simulação representou cada coroa protética (zircônia e cerâmica feldspática) cimentada aos três tipos de intermediários (PEEK, titânio e zircônia). Dessa forma, cinco grupos foram estabelecidos: P-Zr/SA (PEEK/zircônia - sem adesão), P-Zr/CA (PEEK/zircônia - com adesão), Ti-Zr (titânio/zircônia), Zr-Zr (zircônia/zircônia) e Zr-F (zircônia/feldspática). Todos os materiais foram considerados isotrópicos, homogêneos e linearmente elásticos. Em cada modelo foi simulada uma carga oblíqua de 100 N na face palatina. A carga foi simulada usando elementos de contato friccionais não-lineares com um coeficiente de atrito de 0,3 µm entre o osso e o implante. Todos os modelos foram exportados para um software de análise de elementos finitos (ANSYS Workbench 16), onde foram analisados os valores de tensão Máxima Principal (tração), Mínima Principal (compressão) e von Mises. Os resultados demonstraram que os grupos P-Zr/SA e P-Zr/CA tiveram os maiores valores de von Mises no implante, sendo que essas tensões se concentraram na plataforma do implante. Nos intermediários, em todos os grupos, a tensão Máxima Principal se concentrou na região da conexão sextavada, sendo que os grupos P-Zr/SA e P-Zr/CA apresentaram os menores valores. Os grupos P-Zr/CA e Zr-Zr apresentaram maior dissipação das tensões na coroa. Nos parafusos, a localização das tensões de von Mises foi similar em todos os grupos, sendo que os grupos P-Zr/SA e P-Zr/CA apresentaram os maiores valores. Concluiu-se neste estudo que o intermediário de PEEK não proporciona uma melhor distribuição de tensões nas coroas, implantes e parafusos. Ver menos