O objetivo desse estudo foi avaliar o conhecimento teórico e a habilidade prática de cirurgiões-dentistas que atuam na área de Implantodontia sobre manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em adultos por meio de duas etapas: 1 - preenchimento de questionário com questões de múltipla escolha; 2 - avaliação das habilidades práticas simulando uma emergência médica no consultório odontológico em manequins para RCP. Foram avaliados 182 profissionais que foram divididos em 2 grupos: G1 (n=84): profissionais que atuam na área de Implantodontia há menos de 3 anos; G2 (n=98): profissionais que atuam na área de Implantodontia há mais de 3 anos. Os voluntários responderam a um questionário contendo questões relacionadas ao tema, como por exemplo, a sequência correta de reanimação do paciente, como posicionar a vítima em caso de síncope vasovagal, qual o número correto para acionar o sistema de emergência, proporção correta entre compressão e ventilação com 1 ou 2 socorristas, dentre outras. As habilidades práticas foram quantificadas em um sistema de pontuação em que a soma acima de 20 pontos significava manobra incorreta de RCP (erro fatal). Em relação aos resultados obtidos observou-se que 49 (58,4%) profissionais de G1 e 52 (53,1%) de G2 nunca realizaram curso de suporte básico de vida. Quando questionados em relação à correta proporção entre compressão e ventilação durante a RCP, a maioria dos voluntários respondeu incorretamente, sendo que para um socorrista, apenas 34 (40,5%) de G1 e 44 (44,9%) de G2 responderam corretamente (30x2); já para dois socorristas, 41 (48,8%) de G1 e 47 (47,9%) de G2 responderam corretamente (30x2). Em relação ao ritmo correto das compressões torácicas, 41 (48,8%) de G1 e 69 (70,4%) de G2 responderam incorretamente; quando questionados se sentiam-se preparados para lidar com uma situação de emergência médica em seu consultório, apenas 19 (22,6%) de G1 e 28 (28,5%) de G2 afirmaram que estão preparados. Em relação à avaliação prática, 65 (77%) de G1 e 79 (81%) de G2 atingiram uma pontuação acima de 20 pontos (p<0,05). Concluiu-se que os profissionais avaliados não apresentam conhecimento adequado em relação a SBV e RCP para adultos, independentemente do tempo de atuação clínica na área. Ver menos