Este estudo avaliou, in vitro, o efeito do pré-tratamento (PT) dentinário com extrato de chá verde (ECV) a 0,2% solubilizado em água ou em solução aquosa de dimetilsulfóxido (DMSO) a 50% (DMSO50%) na estabilidade da resistência de união (RU) de sistema adesivo convencional (SAC) à dentina e no modo de falhas. Terceiros molares humanos tiveram sua superfície oclusal removida para expor a dentina superficial. As superfícies de dentina receberam condicionamento com ácido fosfórico 35% (Ultra-Etch, Ultradent) por 15s e foram distribuídas aleatoriamente em 5 grupos de acordo com o PT aplicado por 60s (n=8): Controle (sem PT); Água destilada; DMSO50%; ECV 0,2% solubilizado em água; ECV 0,2% solubilizado em DMSO50%. Após, o SAC (Adper Single Bond 2, 3M ESPE) foi aplicado e um bloco de resina composta nanoparticulada (Filtek Z350, 3M ESPE) de 4mm de altura por 4 mm de largura foi realizada. Após 24 horas a 37°C, foram obtidas amostras em forma de "palito" (1mm2), que foram aleatoriamente submetidas ao teste de RU por microtração imediatamente ou após 12 meses de imersão em SBF (solution body fluid). Após o teste de RU, foi avaliado o modo de falhas em estereomicroscópio (30x), o qual foi classificado em escores e apresentado em porcentagem (%). Os dados de RU (MPa) foram tabulados e submetidos a ANOVA em esquema de parcelas subdivididas (?=0.05), que demonstrou não haver interação significativa entre os fatores em estudo (p=0,2477). Não houve diferença significativa na RU entre os grupos que receberam ou não PT (p=0,0884). A RU diminuiu significativamente após 12 meses, independente do PT (p=0,0005). O modo de falha mais prevalente foi do tipo adesiva, independente do PT e do tempo de armazenamento, sem diferença estatística entre os grupos pelo teste de Qui-quadrado (p>0,05). Pode-se concluir que o pré-tratamento com extrato de chá verde a 0,2%, independente do solvente ser água ou DMSO50%, não promoveu estabilidade da resistência de união de um sistema adesivo convencional à dentina. Ver menos