Este estudo avaliou, in vitro, o efeito do pré-tratamento dentinário com extrato de chá verde (ECV) a 0,2% solubilizado em etanol ou em solução de dimetilsulfóxido e etanol/ 1:1 (DMSO/ET) na estabilidade da resistência de união e modo de falha de sistema adesivo convencional à dentina. Quarenta terceiros molares humanos tiveram sua porção de esmalte oclusal removida com disco diamantado, sob refrigeração, para exposição da dentina média. As superfícies dentinárias receberam condicionamento com ácido fosfórico a 35% por 15s e foram distribuídas aleatoriamente em 5 grupos de acordo com a solução de pré tratamento, que foi aplicado por 60s (n=8): Controle (sem pré tratamento); Etanol; DMSO/ET; ECV 0,2% diluído em etanol; ECV 0,2% diluído em DMSO/ET. Em seguida, o sistema adesivo convencional (Adper Single Bond 2, 3M ESPE) foi aplicado e um bloco de resina composta (Filtek Z350, 3M ESPE, Irvine, CA, USA (cor A2)) foi realizada. Após 24 horas foram obtidas amostras em forma de "palito" (1mm2), sendo que metade destas foram aleatoriamente submetidas ao teste de resistência de união por microtração imediatamente e a outra metade após 12 meses em BFS (body fluid solution). O modo de falha foi classificado em scores e avaliado pelo teste de Qui-quadrado, enquanto os dados de resistência de união (MPa) foram submetidos a ANOVA em esquema de parcelas subdivididas, com nível de significância de 5%. Observou-se que não houve efeito significativo dos pré tratamentos, independente da presença ou não do ECV e do solvente utilizado (p>0,05). Houve diminuição significativa de resistência de união após 12 meses em relação a 24 horas (p<0,05). Não houve diferença significativa quanto ao modo de falha (p<0,05), sendo mais prevalente a fratura adesiva em todos os grupos. Pode-se concluir que o pré-tratamento com extrato de chá verde a 0,2%, independente do solvente ser etanol ou DMSO/ET, não promoveu estabilidade da resistência de união de um sistema adesivo convencional à dentina. Ver menos