Com os avanços no campo da reconstrução dentoalveolar, principalmente pelo uso dos biomateriais, defeitos ósseos dos maxilares se tornaram passíveis de reabilitação e, desta forma, devolver à estética e função perdidas aos pacientes. Um grande avanço na ciência dos biomateriais foi o desenvolvimento de substitutos ósseos sintéticos baseados em fosfato de cálcio por apresentarem estrutura química similar ao tecido ósseo natural. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de substitutos ósseos sintéticos compostos por hidroxiapatita e beta fosfato tricálcio sobre a atividade de fosfatase alcalina (ALP) e expressão gênica de ALP e sialoproteína óssea (BSP) em culturas de células osteoblásticas humanas (SAOS-2). Para isto, células SAOS-2 foram cultivadas em placas de 24 poços, na densidade de 110 células/mm2. Após 24 h, o meio de cultura foi removido e as células foram expostas aos biomateriais BoneCeramic®, Maxresorb® e Nanosynt® por períodos de até 10 dias em uma proporção de 0,2g de material/mL de meio de cultura, e estes foram comparados a um grupo controle não exposto. Foram avaliados os seguintes parâmetros: 1) atividade de ALP pelo método Fast Red e 2) expressão gênica de ALP e BSP por PCR em tempo real. Os dados foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis, com nível de significância de 5%. Aos 7 e 10 dias, não foram observadas diferenças de atividade de ALP entre BoneCeramic®, Maxresorb® e Nanosynt® (p>0,05). Em 7 dias, a expressão de ALP foi semelhante entre as células expostas ao BoneCeramic® e Maxresorb® (p>0,05) e superior às células expostas ao Nanosynt® (p<0,05). Aos 10 dias, a expressão de ALP foi superior no Maxresorb® em comparação BoneCeramic® e Nanosynt® (p<0,05). Em 7 e 10 dias, a expressão BSP foi semelhante entre biomateriais avaliados (p>0,05). Em conclusão, os resultados sugerem que os substitutos ósseos sintéticos compostos por hidroxiapatita e beta fosfato tricálcio avaliados permitem a expressão de importantes marcadores envolvidos na formação óssea. Ver menos