Diversas abordagens terapêuticas têm sido utilizadas para reconstrução dos tecidos da cavidade bucal, dentre os quais o uso de membranas poliméricas colagênicas, são utilizadas para obtenção seletiva de células nos sítios a serem reparados. Aliado a isso, o potencial de degradação das membranas é um quesito de suma importância para propiciar em tempo adequado o ganho tecidual na região a ser regenerada. Assim, diante das diversidades de membranas no mercado, este estudo teve como objetivo analisar in vitro o tempo de degradação de 3 diferentes membranas: Bio-Gide®, Jason Membrane® e Creos Xenoprotect®. Foram utilizadas para os ensaios, membranas de 30x40 mm cortadas em segmentos de 10 x 10 mm para cada tempo de ensaios. Assim, no desafio colagenolítico (150 g /mL Clostridium histolyticum, em tampão bicarbonato amônio 0,2M, pH 7,9, 37° C) foram analisadas 9 amostras, no total sendo 3 de cada tipo de membrana e 3 em cada tempo de desafio (baseline, 1,5 h e 3 h). No ensaio em tampão de solução salina (PBS, 0,01M, pH 7,4 , 37° C) foram analisadas 9 amostras no total sendo 3 de cada tipo de membrana em 5 tempos de desafio (3, 10, 25 e 198 dias). Os dados foram tabulados e submetidos aos testes estatístico não paramétricos tendo sido adotado nível de significância de 5%. Os resultados indicaram que quando imersa em PBS, observou-se que para Bio-Gide houve diminuição significativa da massa no decorrer do tempo (p<0,05), sem variação significativa para a membrana Jason. Quando realizada a imersão em colagenase, observou-se que as três membranas apresentaram diminuição significativa na massa sendo que a Bio-Gide apresentou massa significativamente menor que as demais (p<0,05). Conclui-se que as membranas avaliadas possuem diferentes potenciais de degradação, o que pode influenciar nos procedimentos clínicos de ROG. Ver menos