A osseodensificação é uma nova técnica de instrumentação cirúrgica para instalação de implantes dentários que usa um método de preservação óssea, por meio de fresas que compactam o osso durante a perfuração, para aumentar o torque de inserção do implante e a estabilidade primária. Esta revisão sistemática teve como objetivo responder a? questão foco (PICO): A técnica de osseodensificação aumenta a estabilidade primária e secundária em pacientes com necessidade de reabilitação, em áreas com osso de baixa densidade quando comparadaà convencional? Foram incluídos ensaios clínicosem humanos e estudos em animais, publicados até agosto de 2021, sem restrição de língua. A busca foi realizada nas bases PubMed-Medline, Embase, Livivo, Lilacs, Web of Science, Scopus e Cochrane; além da literatura cinzenta: Google Scholar. Os artigos incluídos foram selecionados por dois revisores independentes. Das 447 publicações encontradas, 11 foram incluídas na síntese narrativa e na análise quantitativa. Foram separados em 2 grupos: estudos em humanos e em animais. Os estudos foram avaliados sobre confiabilidade e relevância por meio das ferramentas de análise crítica do Método Cochrane (Rob 2, ROBINS I e Syrcle). Nos estudos em humanos, o grupo que a osseodensificação foi utilizada apresentou melhores resultados quanto a estabilidade primária em comparação ao convencional, com uma diferença de média sumarizada de 8.57 (IC 95%; 2.27-14.86), mas com heterogeneidade de 95.5%. Em relação a estabilidade secundária, não houve diferença significativa entre os estudos, com uma diferença de média de 4.49 a favor de OD (IC 95%, -0.03 - 9.01). Nos trabalhos em animais, todos os desfechos avaliados, torque de inserção, BIC e BAFO, tiveram resultados favoráveis a técnica de osseodensificação, em ambos os sentidos, horário e anti-horário.Em relação ao torque de inserção, BIC e BAFO entre OD no sentido-horário x convencional, as diferenças de média sumarizada foram de 36,65(IC 95%; 18.27-55.03) (TI), de 2.51(IC 95%; 1.33-3.70) (BIC) e de 2.69(IC 95%; 1.33- 4.04) (BAFO). Quando a análise metanalítica foi realizada entre OD anti-horário x convencional para TI, BIC e BAFO, as diferenças de média sumarizada foram de 46.79 (IC 95%, 23.57- 70.01) (TI), 2.17 (IC 95%, 1.45 - 2.88) (BIC), e 2.11 (IC 95%, 0.37 - 3.86) (BAFO). Porém, houve alta heterogeneidade entre os estudos. O Risco de Viés nos estudos em humanos foi moderado para os 4 artigos selecionados. Para os estudos em animais, 4 foram considerados de risco moderado, 2 de baixo risco e 1 de alto risco de viés. A certeza de evidência variou entre baixa e moderada. Conclui-se que a técnica de osseodensificação demonstrou melhorar a estabilidade primária dos implantes nos estudos em humanos e em animais, e aumentou os valores de BIC e BAFO nos estudos em animais, quando comparada a técnica convencional. Ver menos