Durante o tratamento de canal dentário, o endodontista pode se deparar com várias situações clínicas no consultório, desde perfurações e desvios de rotas iatrogênicas, reabsorções radiculares tanto internas como externas. Com o passar dos anos, foram desenvolvidos vários materiais para solucionar estes casos, e hoje, no mercado existem uma extensa lista de materiais de diversas marcas de MTAs e cimentos biocerâmicos reparadores, como o próprio nome já diz, têm função de reparo. O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão de literatura, para comparar as propriedades dos diversos cimentos e quais são suas principais indicações e quando usar em cada caso. Foi realizada uma busca eletrônica dos trabalhos sobre o tema publicados entre os anos de 2011 e 2021 através do banco de dados PubMed. O MTA foi um dos primeiros materiais a ser lançado no início dos anos 90 e é considerado um material padrão-ouro devido a várias funções que desempenha como material para capeamento pulpar direto, vedamento de perfurações, reabsorções radiculares, procedimentos de apicificação e cirurgia para-endodônticas. Embora o MTA tenha excelentes propriedades como ser biocompatível e menor citotoxicidade. Por outro lado, o seu longo tempo de endurecimento e possuir dificílimo manuseio são uma das principais desvantagens do MTA, pois necessita de 72 horas para que o MTA tome pressa por completo, além de ser difícil manipular devido a sua consistência granular. E daí surgiu os biocerâmicos para solucionar estes problemas, e dentre os cimentos reparadores existentes concluiu-se que o que tem melhor propriedade mecânica e biológica é o Biodentine no lugar do MTA, pois é fácil manipular, tem melhor resposta na formação de uma barreira de proteção e reparação e seus módulos de elasticidade e micro dureza bem próximas ao da dentina radicular natural. Ver menos