Pediatras [recurso eletrônico] : do conhecimento à orientação sobre tabagismo passivo e ativo
Dorli Jane Cucci Carvalho
Dissertação
Português
Campinas : [s.n.], 2020.
91f. : il.
Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
O tabagismo ativo e/ou passivo é fator de risco evitável e controlável de inúmeras doenças devendo ser abordado por todos os profissionais da saúde. O objetivo desse estudo foi investigar se os pediatras conheciam os malefícios do tabagismo e quais eram suas atitudes e práticas ao identificar pais...
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O tabagismo ativo e/ou passivo é fator de risco evitável e controlável de inúmeras doenças devendo ser abordado por todos os profissionais da saúde. O objetivo desse estudo foi investigar se os pediatras conheciam os malefícios do tabagismo e quais eram suas atitudes e práticas ao identificar pais e cuidadores fumantes durante as consultas. A pesquisa foi realizada com os pediatras que atuam nas 64 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de Campinas, Brasil, por meio de questionário físico impresso preenchido manualmente pelos participantes. Três aspectos foram enfocados: perfil, conhecimento e ação. Dos 46 pediatras que responderam ao questionário, o que correspondeu a 34% dos 135 pediatras que trabalhavam nas UBSs, 89,13% eram do sexo feminino e 10,87% do masculino. Entre eles, 4,34% eram fumantes ativos e 4,65% eram fumantes passivos e 44,65% tinham entre 20 a 29 anos de formado e 69,57% tinham até dois empregos. Verificamos que 95,65% concordaram com a afirmação de que o tabagismo é doença crônica não transmissível (DCNT), 89,14% concordaram que o tabagismo é uma doença fetal pediátrica (DFP), 95,55% concordaram que o tabagismo passivo é a inalação da fumaça do cigarro e a terceira causa de morte prematura evitável no mundo. Oitenta por cento concordaram que a fumaça do tabaco é a mistura de mais de 4000 agentes químicos e contém mais nicotina e monóxido de carbono do que a fumaça que o fumante inala, 93,48% concordaram que doenças como pneumonia, exacerbação da asma, rinite e outras condições são mais frequentes em crianças expostas à fumaça do cigarro e 81,81% concordaram que a morte súbita em lactentes está relacionada com tabagismo de pais e cuidadores. Em relação aos adultos serem mais afetados pelo tabagismo passivo do que as crianças, 76,09% discordaram dessa afirmação. Em relação à atuação desses profissionais, 78,26% abordavam o tabagismo ativo, 75% abordavam o tabagismo passivo, sendo que 100% consideraram necessário abordar esses temas durante a consulta. O tabagismo ativo foi anotado no prontuário por 46,52% dos participantes e 47,62% registrou o tabagismo passivo no prontuário. Pais e cuidadores fumantes foram sempre encaminhados para tratamento por 29,54% dos pediatras. Os resultados deste estudo mostraram que, embora os pediatras estivessem cientes dos malefícios do tabaco e discutem o tabagismo ativo e passivo com os pais e cuidadores das crianças em suas consultas, menos de 50% registraram essa abordagem no prontuário e menos de 30% encaminharam sistematicamente os fumantes para tratamento independente do quadro clínico da criança.
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Sperandio, Marcelo
Orientador
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