Este estudo avaliou a deflexão de cúspides, carga a fratura e modo de falha de pré- molares (PM) com cavidades MOD restauradas pela técnica sanduíche associada à resina composta convencional e bulk-fill de alta viscosidade. Foram utilizados 50 PM (n=50) com cavidades MOD (2/3 da distância intercuspídea e 4 mm de profundidade) divididos em cinco grupos (n=10): G1 - Dentes hígidos (controle); G2 - resina com- posta modificada por poliácido (compômero; Ionoseal®, VOCO) e resina bulk-fill (Fil- tek Bulk Fill One®, 3M/ESPE); G3 - resina composta modificada por poliácido (compômero; Ionoseal®, VOCO) e resina nanoparticulada (Filtek Z350 XT®, 3M/ ESPE); G4 - resina bulk-fill (Filtek Bulk Fill One®, 3M/ESPE) e G5 - resina nanoparti- culada (Filtek Z350 XT®, 3M/ESPE). A avaliação da deflexão de cúspides, mensurada em micrômetros/metro (µm/m), foi realizada utilizando-se sensores posicionados na superfície externa das cúspides vestibular e lingual, próximo à base de cavidade classe II MOD, conectados a um dispositivo de aquisição de dados e os dentes foram restaurados conforme os grupos experimentais. Após 7 dias foi realizado o teste de carga a fratura (1,0 mm/min e carga de 20KN) e avaliado o modo de falha. Os dados obtidos foram submetidos ao teste de Mann Whitney com nível de significância de 5%. A presença de base de compômero associada a resina nanoparticulada produziu maior deflexão de cúspide comparado à resina bulk-fill. Na ausência de base de compômero a deflexão de cúspide foi maior para a resina bulk-fill (p<0,05). A presença de base de compômero não influenciou a deflexão de cúspide da resina bulk-fill (p>0,05) e a resina nanoparticulada proporcionou maior deflexão de cúspides na presença da base de compômero (p<0,05). Não houve diferença quanto a carga a fratura entre os grupos estudados (p>0,05). Porém houve diferença quanto ao padrão de fratura sendo fratura radicular até o terço cervical o mais frequente nos grupos bulk-fill com compômero (70,0%), bulk fill sem compômero (40,0%) e resina nanoparticulada sem compômero (50,0%). Conclui-se que houve influência do tipo de base utilizado associada ao material restaurador na deflexão de cúspides e no padrão de fratura, sendo que a maior deflexão de cúspides foi observada quando foi utilizado a associação de resina nano-particulada e base de compômero; os grupos restaurados com resina bulk-fill associada ou não a base de compômero apresenta- ram deflexão de cúspides semelhantes e a carga a fratura foi semelhante em todas as técnicas restauradoras. Ver menos