A estabilidade primária dos implantes dentários tem um papel fundamental no sucesso da osseointegração e está diretamente relacionada ao tempo e opções de tratamento. Vários são os fatores que podem influenciá-la, dentre eles, podemos destacar o design do implante. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo avaliar, de forma experimental, o torque de inserção e análise de frequência de ressonância de implantes dentários para 4 designs diferentes de implantes em densidade óssea tipo IV. Para isso, foram utilizados 48 implantes, sendo grupo 1 Biomorse XP 3,5 (3,5 mm x 11,5 mm) (n=12); grupo 2 Biomorse XP 4,0 (4,0 mm x 11,5 mm) (n=12); grupo 3 Biomorse SWE 3.5 (3,5 mm x 11,5 mm) (n=12) e grupo 4 Biomorse SWE 4.0 (4,0 mm x 11,5 mm) (n=12), inseridos em bloco de poliuretana rígido sem cortical. Foram seguidos três protocolos de instrumentação, um sugerido pelo fabricante, subinstrumentação e suprainstrumentação, todas em nível ósseo, 1 mm abaixo do nível ósseo e 2 mm abaixo do nível ósseo. Ao final da inserção dos implantes, foi realizada a análise do torque de inserção com o torquímetro digital, e imediatamente após isto foi avaliada a estabilidade por meio da análise da frequência de ressonância. Os dados foram analisados estatísticamente com o teste t de Student (p < 0,05). Foram observadas diferenças estatísticas no torque de inserção e análise de frequência de ressonância na instrumentação convencional e suprainstrumentação 1 mm abaixo do nível no grupo Biomorse de 3,5 mm, na suprainstrumentação no nível e 1mm abaixo do nível e na subinstrumentação 2 mm abaixo do nível no grupo dos implantes Biomorse de 4,0 mm. Considerando as variações nos valores do torque de inserção e o coeficiente de estabilidade do implante (ISQ) nas diferentes técnicas de fresagem empregadas, sugere-se que o design destes implantes pode influenciar na estabilidade primária. Ver menos