Influência de duas classes de antidepressivos na osteogênese in vitro [recurso eletrônico]
Nilson Matias Pereira Junior
Dissertação
Português
Campinas : [s.n.], 2020.
59f. : il.
Dissertação (Mestrado em Periodontia) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
A depressão é uma perturbação neurobiológica considerada atualmente uma das principais causas de incapacitação no mundo. Dos tratamentos indicados, destacam- se o uso de fármacos antidepressivos tricíclicos (ADTs) e os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Estudos anteriores tem...
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A depressão é uma perturbação neurobiológica considerada atualmente uma das principais causas de incapacitação no mundo. Dos tratamentos indicados, destacam- se o uso de fármacos antidepressivos tricíclicos (ADTs) e os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Estudos anteriores tem associado o uso desses fármacos com um impacto negativo no metabolismo ósseo. Entretanto, algumas questões ainda permanecem, principalmente quanto ao uso dos ADTs. O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a influência de ADTs e ISRS sobre o metabolismo ósseo. Foram utilizadas uma linhagem de células osteoblásticas humanas (SaOS-2) sendo suplementadas com doses dos fármacos variando entre 10 a 30 µM. Como controle, as células foram mantidas apenas em meio basal. Após 24, 48 e 72 h, avaliou-se a proliferação e viabilidade celular pelos ensaios de Azul de Trypan e MTT, bem como uma análise da secreção de colágeno tipo I utilizando-se o ensaio ELISA. Adicionalmente, os níveis de transcritos de marcadores da diferenciação osteoblástica como a osteopontina (OPN), osteocalcina (OC), sialoproteína óssea (BSP) e colágeno (COL), foram avaliados por qPCR. Os dados foram tabulados e submetidos à análise estatística, tendo sido adotado nível de significância de 5%. Para ambos os fármacos, os resultados revelaram uma redução da proliferação e da viabilidade celular de forma dose-dependente (p<0,05). Para a secreção de colágeno tipo I, observou-se que na dose de 20 µM houve um aumento para ambos os fármacos, quando comparado às menores doses e controle (p<0,05). Entretanto, observou-se uma redução significativa da expressão gênica da OC, BSP e COL. Não houve resultados significativos em relação a expressão de OPN. É necessária uma maior cautela em pacientes que façam uso destes medicamentos em procedimentos clínicos que envolvem regeneração óssea e reabilitações implantossuportadas, pois estes medicamentos podem impactar negativamente o metabolismo ósseo e comprometer a qualidade e o sucesso dos procedimentos clínicos.
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