Efeitos de substitutos ósseos bifásicos nanoestruturados de cálcio e fostafo sobre os eventos tardios da osteogênese in vitro [recurso eletrônico]
Leandro Sales Duarte Pereira
Dissertação
Português
Campinas : [s.n.], 2020.
64f. : il.
Dissertação (Mestrado em Implantodontia) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
Os implantes dentários têm se tornado fundamentais na prática diária das reabilitações orais realizadas pelos cirurgiões-dentistas. No entanto, defeitos ósseos extensos, ocasionados por longo período de edentulismo, doença periodontal e traumas, podem dificultar significativamente a instalação de...
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Os implantes dentários têm se tornado fundamentais na prática diária das reabilitações orais realizadas pelos cirurgiões-dentistas. No entanto, defeitos ósseos extensos, ocasionados por longo período de edentulismo, doença periodontal e traumas, podem dificultar significativamente a instalação de implantes. Assim, para reabilitar pacientes que possuem defeitos ósseos, diferentes técnicas de reconstrução têm sido propostas, incluindo aquelas com uso de substitutos ósseos sintéticos. No mercado, há diferentes marcas disponíveis, entretanto, poucos estudos in vitro são descritos na literatura sobre substitutos ósseos sintéticos à base de hidroxiapatita e ?-tricálcio fosfato. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de substitutos sintéticos em culturas de células osteoblásticas sobre os eventos tardios da osteogênese. Para isto, células osteoblástica da linhagem SAOS-2 foram cultivadas na presença dos biomateriais BoneCeramic® (Straumann® Dental Implant System; Basel, Switzer-land), Maxresorb® (Botiss Biomaterials, Berlin, German) e Nanosynt® (FGM Produtos Odontológicos, Joinville, Santa Catarina, Brasil) por períodos de até 14 dias. Como controle foram utilizadas culturas não expostas aos biomateriais. Foram avaliados os seguintes parâmetros: 1) viabilidade celular por MTT aos 1 e 3 dias e 2) expressão gênica de osteopontina (SPP1) e osteocalcina (BGLAP) pela reação em cadeia da polimerase em tempo real aos 7 e 10 dias e 3) mineralização da matriz extracelular pela coloração com Vermelho de Alizarina aos 14 dias. Os dados foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis, considerando o nível de significância de 5%. Os resultados indicaram que em 1 dia, a viabilidade celular foi semelhante entre BoneCeramic® e Maxresorb® e superior àquela observada no Nanosynt® (p<0,05), porém inferior àquela observada no grupo controle (Kruskal-Wallis, p<0,05). Aos 3 dias, a viabilidade celular foi maior em células expostas ao Maxresorb®, seguido pelo grupo controle, Nanosynt® e BoneCeramic® (p<0,05). Aos 7 dias, a expressão de SPP1 foi semelhante entre Nanosynt®, Maxresorb® e grupo controle (p>0,05) e superior a BoneCeramic® (p<0,05). Aos 10 dias, a expressão de SPP1 foi superior em BoneCeramic® em comparação a Nanosynt®, Maxresorb® e grupo controle (p<0,05). Em 7 dias, a expressão de BGLAP foi superior em BoneCeramic®, seguido por Maxresorb®, Nanosynt® e grupo controle (p<0,05). Aos 10 dias, a expressão de BGLAP foi maior em Maxresorb® comparado a BoneCeramic®, Nanosynt® e grupo controle (p<0,05). Aos 14 dias, a quantificação da matriz mineralizada foi semelhante entre BoneCeramic®, Maxresorb® e Nanosynt® (p<0,05), porém inferior ao grupo Controle (p>0,05). Em conjunto, os resultados sugerem que os materiais avaliados exibem potenciais semelhantes entre si de estímulo sobre células osteoblásticas, podendo ser utilizados em procedimentos de regeneração óssea.
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