O objetivo neste estudo foi avaliar a resistência da união ao microcisalhamento de dois cimentos resinosos à cerâmica de dissilicato de lítio com três espessuras. Barreiras de cerâmica vítrea reforçadas com dissilicato de lítio (IPS e.max Press, Ivoclar Vivadent) foram confeccionados nas espessuras de 0,5, 1,0, e 1,5 mm. Blocos da mesma cerâmica com 15,0 mm de comprimento, 12,0 mm de largura, e 2,0 mm de espessura foram utilizados como substrato para a adesão com cimentos resinosos. Os blocos cerâmicos receberam condicionamento com ácido fluorídrico 10% (Condac porcelana, FGM) por 20s, silanização (Prosil, FGM) e aplicação de adesivo (Single Bond Universal, 3M ESPE). Sobre cada bloco foram confeccionados oito cilindros (0,8 mm de diâmetro x 1,0 mm de altura) de dois cimentos resinosos: dual (RelyX Ultimate, 3M ESPE) e fotoativado (Allcem Veneer, FGM). Cada cimento foi fotoativado por um LED (Radii Cal, SDI; 1200 mW/cm²), onde a luz precisou atravessar as barreiras de cerâmica reforçada com cristais de dissilicato de lítio com 0,5, 1,0 e 1,5 mm de espessura (n=8). O grupo controle foi fotoativado sem a interposição da barreira cerâmica. O ensaio de resistência da união ao microcisalhamento foi realizado por uma máquina de ensaio universal a uma velocidade de 0,5 mm/min. Os dados obtidos foram submetidos aos testes estatísticos de normalidade (Kolmogorov Smirnov) e por ANOVA 2 fatores, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey post-hoc (?=0,05). Os resultados mostraram que não houve diferenças estatisticamente significantes nos valores de resistência da união entre os diferentes cimentos resinosos e entre todas as espessuras da cerâmica. Conclui-se que ambos os cimentos resinosos testados fotoativados por LED através de uma cerâmica de dissilicato de lítio com espessura de até 1,5 mm apresentaram valores de adesão clinicamente satisfatórios. Ver menos