O uso de derivados da matriz do esmalte (DME) para regeneração dos tecidos periodontais vem sendo relatado na literatura desde 1997, quando foi observado que a aplicação tópica do DME em superfícies radiculares expostas associadas a defeitos infraósseos, durante cirurgia de retalho de Widman modificado, promove maior ganho de inserção clínica e tecido ósseo. Derivados da matriz de esmalte também vêm sendo utilizados para auxiliar no processo de cicatrização em procedimentos pós cirúrgicos, o que pode proporcionar resultados relevantes quando comparados a técnicas de regeneração óssea guiada. Acredita-se que o mecanismo de ação mais importante do DME seja iniciar a regeneração periodontal, recrutando cementoblastos para a superfície radicular e, assim, estimulando-os a formar o cemento radicular. O uso de derivados da matriz de esmalte vem sendo explorado em diferentes procedimentos dentro da odontologia, como fator coadjuvante no tratamento de doenças periimplantares. A presente revisão de literatura tem como objetivo avaliar o uso de derivados da matriz do esmalte em regenerações de defeitos periodontais infra-ósseos. Os derivados da matriz do esmalte têm demonstrado resultados clínicos extremamente satisfatórios no tratamento de perdas ósseas e recessões gengivais. Um de seus principais componentes, as amelogeninas, possuem uma influência positiva significativa na cicatrização tecidual e na neoformação óssea. Considerando os achados da presente revisão de literatura, pode-se concluir que os derivados da matriz do esmalte (DMEs) são uma importante alternativa no tratamento de doenças periodontais e periimplantares, proporcionando melhora em parâmetros clínicos como profundidade à sondagem, inserção clínica e regeneração óssea, associado ou não a biomateriais. Ver menos