A odontologia evoluiu muito nos últimos tempos, inclusive no âmbito estético, e isso está altamente relacionado à sociedade atual, onde a aparência tem grande importância. Sendo assim, a crescente busca por procedimentos estéticos e a melhoria das estratégias adesivas, fizeram com que as cerâmicas odontológicas ocupassem uma posição de destaque nas pesquisas dos últimos anos. Por apresentar numerosas características desejáveis, a cerâmica tem se tornado a principal opção para reabilitações, porém mesmo com suas vantagens, apresenta uma baixa resistência a fratura. A fim de solucionar esse problema, novas tecnologias foram criadas buscando materiais cerâmicos com uma melhor resistência, como a zircônia, considerado um material dinâmico e apresentado em três formas cristalinas (monoclínica, tetragonal e cúbica) de acordo com variações de temperatura. Em relação a zircônia, é importante salientar a necessidade da adição de um agente estabilizante. Na Odontologia é utilizado o ítrio, que permite uma zircônia tetragonal parcialmente estabilizada (Y-TZP) em temperatura ambiente. Um ponto muito controverso em relação a zircônia, é quanto a sua adesão peça/elemento dental. Uma vez que esta é ácido-resistente, a cimentação resinosa se torna uma técnica crítica, dado que uma má adesão do cimento resinoso com a superfície da zircônia pode promover a diminuição da retenção, da resistência à fratura e da adaptação marginal. Frente a esse entrave, diversas pesquisas têm sido feitas a fim de aumentar a resistência da união zircônia/cimento. Para esse fim, diversos tratamentos de superfície são propostos, entre eles, o condicionamento com ácidos, jateamento com óxido de alumínio ou de sílica, a aplicação de "primers", utilização de diferentes tipos de "lasers" e a possível combinação destes tratamentos. Tendo em vista este cenário, o intuito dessa pesquisa foi, por meio de uma revisão da literatura, analisar os métodos de tratamento de superfície nas cerâmicas Y-TZP. Ver menos