Efeitos do laser de alta (980nm) e de baixa (808nm) potência nos processos inflamatório e de reparo tecidual após desbridamento cirúrgico, em lesões por pressão. Estudo em modelo animal [recurso eletrônico]
Ana Maria Freitas Franco Nascimento Pinto
Dissertação
por
Campinas : [s.n.], 2020.
79f. : il.
Dissertação (Mestrado em Patologia Bucal) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
As lesões por pressão (LPP) acometem o tecido profundo e se iniciam nos tecidos subcutâneos. O desbridamento é a forma mais efetiva no preparo do leito da ferida e vital para a regeneração. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da fotobiomodulação do laser de baixa e alta potência na fase...
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As lesões por pressão (LPP) acometem o tecido profundo e se iniciam nos tecidos subcutâneos. O desbridamento é a forma mais efetiva no preparo do leito da ferida e vital para a regeneração. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da fotobiomodulação do laser de baixa e alta potência na fase inflamatória aguda e crônica, em lesões por pressão, utilizando um modelo in vivo em camundongos. Foram utilizados 48 camundongos machos Balb C/ Mus musculus (4-5 semanas de idade). Todos animais receberam a compressão por imã para a produção da lesão por pressão. Os animais foram divididos em 4 grupos (n=12 em cada), G1-Grupo controle, G2-Grupo desbridamento cirúrgico, G3-Grupo desbridamento cirúrgico e aplicação do laser de baixa potência, P=100mW, E = 2J IV (infra-vermelho/808nm), T=20s, F=70J/cm2 no centro da ferida em um único ponto, G4-Grupo desbridamento com laser de diodo cirúrgico (980 nm), modo contínuo, potência de 1.2 W, com fibra ótica de 600µm. Para tanto, o dorso dos animais foi tricotomizado e foram aplicados magnetos de ferrite, com força magnética de 1000 Gauss, 4cm abaixo do crânio. Receberam 3 ciclos de 12 horas de compressão e 12 horas de descanso. Os desbridamentos ocorreram 5 dias após a injúria e as eutanásias ocorreram no 7º e 9º dia após o desbridamento. A análise histológica, semi quantitativa, foi realizada nas regiões intralesional e adjacentes à lesão por pressão, no primeiro momento com aumento microscópico de 40X e em seguida 200X. Os resultados indicaram que após 7 dias, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos na formação ou não do tecido de granulação na adjacência (p=0,402) e intralesional (p=0,218). Entretanto, no período de 9 dias, na adjacência (p<0,001) e intralesional da lesão (p=0,017), foi observado tecido de granulação em todos os animais do G3. Para G4 notou-se que metade dos animais apresentaram tecido de granulação na área intralesional da lesão após 9 dias. Quanto ao processo inflamatório agudo e crônico, na região adjacente à lesão não houve diferenças significativas, após 7 dias (p=0,221); (p=0,062) e após 9 dias(p=0,961); (p=0,886), respectivamente entre os grupos. Na região intralesional da lesão, o processo inflamatório agudo não se mostrou estatisticamente diferente após 7 (p=0,697) ou 9 dias (p=0,285). Entretanto, em relação ao processo inflamatório crônico, observaram-se escores significativamente menores de inflamação no G3 e G4 em comparação ao G2 após 7 dias (p=0,044). O G3 foi o grupo que apresentou processo de reparação em fase mais avançada em comparação aos demais grupos. Concluímos que o uso do laser de baixa potência demonstrou que o processo de reparação tecidual foi mais eficiente e o uso do laser de diodo cirúrgico não apresentou efeitos deletérios significativos quando comparado com as outras modalidades de desbridamento estudadas.
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Efeitos do laser de alta (980nm) e de baixa (808nm) potência nos processos inflamatório e de reparo tecidual após desbridamento cirúrgico, em lesões por pressão. Estudo em modelo animal [recurso eletrônico]
Ana Maria Freitas Franco Nascimento Pinto
Efeitos do laser de alta (980nm) e de baixa (808nm) potência nos processos inflamatório e de reparo tecidual após desbridamento cirúrgico, em lesões por pressão. Estudo em modelo animal [recurso eletrônico]
Ana Maria Freitas Franco Nascimento Pinto