Este estudo teve como objetivo avaliar a percepção dos ortodontistas quanto à condução do tratamento ortodôntico com bráquetes estéticos e metálicos. Foi utilizado um questionário estruturado utilizando o Google Forms e enviado via e-mail para todos os profissionais cadastrados na Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial (ABOR). O questionário apresentou dez questões e avaliou a preferência de cada ortodontista na condução do tratamento, o tempo de utilização de cada tipo de bráquete, o percentual de pacientes tratados com bráquetes estéticos e convencionais, qual das partes (ortodontista ou paciente) escolhem o tipo de bráquete utilizado no tratamento, qual faixa etária procura realizar tratamento ortodôntico com bráquetes estéticos, qual o tipo de bráquete o tratamento é mais curto, qual bráquete descola com maior frequência, nos casos que necessitam de exodontias, qual bráquete o ortodontista se sente mais confiante e qual o tipo de bráquete preferível na fase de finalização. Os dados foram tabulados e analisados descritiva e estatisticamente. Dos 1.571 e-mails que foram enviados, 892 foram entregues aos destinatários, obtendo-se respostas de 414 participantes (46,4%). A avaliação das associações entre preferência e escolha do bráquete foi significativa em todas as análises (p<0,0001). Verificou-se que a maioria dos profissionais utilizam preferencialmente bráquetes metálicos convencionais na condução dos tratamentos (70,8%). Com relação ao tempo em que utilizam bráquetes estéticos convencionais na condução dos tratamentos, 88,9% utiliza há mais de dois anos e 32,6% há mais de 10 anos. Quanto ao tempo em que utilizam bráquetes convencionais metálicos, 89,7% utiliza há mais de dois anos, 34,1% há mais de 10 anos e 4,1% não utiliza mais, A maioria dos ortodontistas (85,8%) responderam que trata menos de 50% dos pacientes com bráquetes estéticos convencionais e 6,0% não trata nenhum paciente com esse tipo de bráquete. Quando foram questionados sobre qual das partes elegem o tipo de bráquete no tratamento, 59,4% responderam que ambos (ortodontista e paciente). Quanto à faixa etária que procura realizar tratamentos ortodônticos com bráquetes estéticos, a maioria (57,2%) respondeu que entre 25 e 35 anos. A maioria também respondeu que o tempo total de tratamento é mais curto com bráquetes metálicos (80,4%) e há maior incidência de descolamento em tratamentos realizados com bráquetes estéticos (74,4%). Nos casos que necessitam ser tratados com extrações dentárias, a maioria dos profissionais (78,3%) se sentem mais confiante com bráquetes metálicos. Na fase de finalização, a maioria (77,0%) prefere bráquetes metálicos. Pode-se concluir que na perceção dos ortodontistas entrevistados o bráquete metálico é considerado mais preferível a ser empregado nos tratamentos ortodônticos do que os bráquetes do tipo estético. Ver menos