A gengiva queratinizada é uma mucosa especializada encontrada ao redor dos dentes, ela se estende desde a margem gengival até à junção mucogengival e precisa ter um tamanho adequado para ser resistente frente a inflamações e traumas. A sua falta pode gerar sensibilidade dentinária, por expor superfície radicular do dente, problemas estéticos e até problemas para controle da higiene no local. Para resolvermos esses problemas causados pelo tecido queratinizado insuficiente podemos lançar mão de alguns procedimentos de enxertia. É possível usar regiões como palato ou túber maxilar para coletar tecido epitelial associado a tecido conjuntivo (Enxerto gengival livre) ou coletar apenas tecido conjuntivo (Enxerto de tecido conjuntivo subepitelial) e cada tipo de enxerto tem suas vantagens e desvantagens. Nos enxertos gengivais livres, a sua pior desvantagem é a coloração não condizente com a área receptora do enxerto, trazendo problemas estéticos, principalmente em regiões anteriores; já os enxertos de tecido conjuntivo subepitelial tem sua aparência semelhante ao leite receptor. Os dois tipos de enxertos já citados apresentam duas desvantagens em comum: a morbidade do paciente por ter duas áreas operadas e a disponibilidade de enxerto ser depende da quantidade de tecido apresentado na área doadora. Uma terceira possibilidade para ganho de tecido queratinizado é o uso de enxertos xenógenos de matriz colágena, então, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura para melhor conhecer as vantagens, as indicações e as limitações da técnica desse enxerto, comparando-a com as técnicas de enxertos autógenos. Foi possível verificar que alguns estudos mostram que os enxertos autógenos tradicionais (ETCSE e EGL) ainda são superiores em alguns quesitos, porém, considerando que a matriz colágena é de fácil disponibilidade, traz menor morbidade para o paciente e ainda assim apresentam resultados satisfatórios, o clínico deve considerar sua utilização Ver menos