Profiláxia antibiótica nas cirurgias de terceiros molares [recurso eletrônico]
Alexandre do Nascimento Miguel Eduardo
Monografia
por
Campinas : [s.n.], 2016.
44f. : il.
Monografia (Especialização em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial) - Faculdade São Leopoldo Mandic.
O objetivo deste estudo foi revisar a literatura a respeito da indicação da profilaxia antibiótica em cirurgia de terceiros molares. O uso e os benefícios da profilaxia antibiótica em cirurgia de terceiro molar são controversos, e não há nenhuma recomendação definitiva relativa a esta prática. A...
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O objetivo deste estudo foi revisar a literatura a respeito da indicação da profilaxia antibiótica em cirurgia de terceiros molares. O uso e os benefícios da profilaxia antibiótica em cirurgia de terceiro molar são controversos, e não há nenhuma recomendação definitiva relativa a esta prática. A despeito da grande controvérsia que se verifica na literatura sobre o tema em questão, o principal mecanismo de defesa da boca é a integridade da mucosa de revestimento, coadjuvada pelas propriedades físico-químicas e imunológicas da saliva e pelas funções do tecido linfóide, disperso na lâmina própria da mucosa ou organizado em folículos nas amígdalas linguais, palatinas e faríngeas. No entanto, em todo procedimento que causa sangramento, rompendo a integridade da mucosa, as bactérias atingem a corrente sanguínea, provocando bacteremias transitórias, de menor ou maior significado clínico. Sendo assim, há a indicação da antissepsia previamente a toda e qualquer intervenção odontológica. Na cirurgia oral, a boa prática cirúrgica, a esterilização do material e anti-sepsia rigorosas são suficientes para prevenir a infecção pós-operatória. Entretanto o uso sistêmico de antibioticoterapia, seja a profilaxia e manutenção do tratamento é uma escolha do cirurgião e é sobretudo suportada pela dificuldade de análise clínica e discrepâncias constantes sobre muitas variáveis, como a seleção dos casos, o tipo de procedimento cirúrgico, a experiência do operador e critérios de diagnóstico, além do estado imunológico e sistêmico do paciente. Assim, torna-se importantíssimo compreender que as infecções são definitivamente debeladas pelo hospedeiro e não pelos antibióticos. Os antibióticos ajudam em situações em que o hospedeiro tenha sido sobrepujado por bactérias e/ou seus produtos ou quando bactérias especialmente virulentas estão envolvidas. Concluí-se que apesar de os tratamentos invasivos buco-dentários, como na extração de terceiros molares inclusos, provocarem bacteremia, o uso de antibióticos para prevenir a instalação de infecções loco-regionais ou à distância só está indicado em pacientes de risco.
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Ramacciato, Juliana Cama
Orientador
Faculdade São Leopoldo Mandic
Instituição
Profiláxia antibiótica nas cirurgias de terceiros molares [recurso eletrônico]
Alexandre do Nascimento Miguel Eduardo
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Alexandre do Nascimento Miguel Eduardo